Após
o corte no orçamento das Universidades e Institutos Federais, anunciado
na semana passada pelo governo, a gestão da Universidade Federal Rural
do Semi-Árido está revendo o orçamento da instituição previsto para esse
ano. Com a medida, o contingenciamento no orçamento da Ufersa foi de
R$ 16,4 milhões. Nesta sexta-feira, 17, o reitor, professor José de
Arimatea, se reuniu com representantes de entidades de classe (docentes, administrativos e estudantes) para apresentar a situação
financeira da Universidade. Segundo o reitor, os valores disponíveis
para o funcionamento da instituição até o mês de setembro soma um
deficit superior a R$ 5, 6 milhões.
“Dos R$
17,5 milhões que a Ufersa necessita para o custeio e manutenção até o
fim do ano, com os cortes, o valor caiu para R$ 11,8 milhões. O corte
total no orçamento alcançou percentual de 30%”, revelou José de
Arimatea. Para o professor, a maior preocupação é com o funcionamento da
Universidade a partir de outubro. Até lá, a Ufersa dispõe de apenas de
R$ 2,1 milhões para as despesas mensais.
O reitor
explicou ainda que os bloqueios orçamentários foram feitos nas despesas
de custeio e capital. No quesito custeio, que engloba principalmente
pagamento de energia, terceirizados e manutenção, o valor bloqueado foi
de R$ 12,8 milhões e, de capital, que equivale a obras, R$ 3,6 milhões. O
orçamento inicial era de R$ 42,9 milhões para custeio e R$ 8 milhões de
capital. Com relação ao orçamento destinado ao pagamento de pessoal
efetivo, R$ 229,1 milhões, não houve cortes. Quanto aos terceirizados, a
Ufersa conta atualmente com 383 servidores diretos, que atuam nas áreas
de limpeza segurança e, quase 400 indiretos, atuando junto às empresas
que são terceirizadas pela Universidade, como construtoras e
fotocopiadoras.
Outro
agravante diz respeito às emendas de bancadas também suspensas e que
representam algo em torno de R$ 2 milhões. O reitor José de Arimatea
rebateu as críticas de que as universidades não prestam contas à
sociedade dos recursos recebidos. “Essas informações vêm de pessoas mal
informadas sobre o funcionamento das instituições federais que
constantemente são auditadas pelos órgãos fiscalizadores do governo”,
declarou.
Diante do
déficit econômico advindo com os cortes no orçamento, o reitor adiantou
que a Ufersa já estuda alternativas para diminuição das despesas,
citando a diminuição de energia, materiais, manutenção e terceirizados. O
corte de diárias e passagens, além de revisões nos contratos aditivos e
repactuações são outras medidas que estão sendo tomadas. Os cortes
atingem ainda as bolsas de iniciação científica e de extensão
universitária (PICI e PIBEX), de monitorias, entre outras. O reitor
garantiu que as obras em andamento não serão prejudicadas uma vez que os
recursos são do orçamento de 2018. O pagamento dos estagiários também
está garantido até o fim do ano, porém, concluído o tempo de estágio não
haverá renovações, nem substituições, bem como licitações para novas
obras.
Assecom – Ufersa
Nenhum comentário:
Postar um comentário