terça-feira, 21 de maio de 2019

Ufersa tem R$ 16,4 milhões de recursos bloqueados em seu orçamento

 
Após o corte no orçamento das Universidades e Institutos Federais, anunciado na semana passada pelo governo, a gestão da Universidade Federal Rural do Semi-Árido está revendo o orçamento da instituição previsto para esse ano.  Com a medida, o contingenciamento no orçamento da Ufersa foi de R$ 16,4 milhões. Nesta sexta-feira, 17, o reitor, professor José de Arimatea, se reuniu com representantes de entidades de classe (docentes, administrativos e estudantes) para apresentar a situação financeira da Universidade. Segundo o reitor, os valores disponíveis para  o funcionamento da instituição até o mês de setembro soma um deficit superior a R$ 5, 6 milhões.

“Dos R$ 17,5 milhões que a Ufersa necessita para o custeio e manutenção até o fim do ano, com os cortes, o valor caiu para R$ 11,8 milhões. O corte total no orçamento alcançou percentual de 30%”, revelou José de Arimatea. Para o professor, a maior preocupação é com o funcionamento da Universidade a partir de outubro. Até lá, a Ufersa dispõe de apenas de R$ 2,1 milhões para as despesas mensais.

O reitor explicou ainda que os bloqueios orçamentários foram feitos nas despesas de custeio e capital. No quesito custeio, que engloba principalmente pagamento de energia, terceirizados e manutenção, o valor bloqueado foi de R$ 12,8 milhões e, de capital, que equivale a obras, R$ 3,6 milhões. O orçamento inicial era de R$ 42,9 milhões para custeio e R$ 8 milhões de capital. Com relação ao orçamento destinado ao pagamento de pessoal efetivo, R$ 229,1 milhões, não houve cortes. Quanto aos terceirizados, a Ufersa conta atualmente com 383 servidores diretos, que atuam nas áreas de limpeza segurança e, quase 400 indiretos, atuando junto às empresas que são terceirizadas pela Universidade, como construtoras e fotocopiadoras.

Outro agravante diz respeito às emendas de bancadas também suspensas e que representam algo em torno de R$ 2 milhões. O reitor José de Arimatea rebateu as críticas de que as universidades não prestam contas à sociedade dos recursos recebidos. “Essas informações vêm de pessoas mal informadas sobre o funcionamento das instituições federais que constantemente são auditadas pelos órgãos fiscalizadores do governo”, declarou.

Diante do déficit econômico advindo com os cortes no orçamento, o reitor adiantou que a Ufersa já estuda alternativas para diminuição das despesas, citando a diminuição de energia, materiais, manutenção e terceirizados. O corte de diárias e passagens, além de revisões nos contratos aditivos e repactuações são outras medidas que estão sendo tomadas. Os cortes atingem ainda as bolsas de iniciação científica e de extensão universitária (PICI e PIBEX), de monitorias, entre outras. O reitor garantiu que as obras em andamento não serão prejudicadas uma vez que os recursos são do orçamento de 2018. O pagamento dos estagiários também está garantido até o fim do ano, porém, concluído o tempo de estágio não haverá renovações, nem substituições, bem como licitações para novas obras.

Assecom – Ufersa

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