O ministro da Justiça esteve
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado durante Aa semana para
esclarecer as conversas que teve com Dallagnol. O senador do PSD Nelsinho Trad,
do Mato Grosso do Sul, perguntou a Moro se ele interferiu na composição da
bancada acusatória do caso do triplex de Lula. O ministro negou.
Mas, conforme revelou o
jornalista Reinaldo Azevedo, em parceria de apuração com o Intercept, 17
minutos após Moro reclamar do desempenho de Laura Tessler com Dallagnol, o
coordenador da força-tarefa retransmitiu a insatisfação do juiz para o
procurador Carlos Fernando Lima. Para aplacar a insatisfação de Moro, Dallagnol
sugeriu mudar a escala para evitar que Tessler participasse da audiência de
Lula. E foi exatamente o que aconteceu. 48 horas depois a procuradora foi
retirada. O ministro da Justiça, portanto, mentiu aos senadores.
A cada diálogo revelado fica
mais cristalino como os desejos de Sergio Moro soavam como ordens aos ouvidos
dos procuradores. Confirma-se, mais uma vez, que o juiz atuava como o
comandante da acusação. Ele se certificava de que a acusação faria o melhor
trabalho possível e evitava dar espaço para mais um “showzinho da defesa”.
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