O Rio Grande do Norte tem o menor número de pessoas ocupadas em
estabelecimentos agropecuários entre os estados da região Nordeste. Em
2006, eram 247.515 pessoas trabalhando nesses locais. Já em 2017, este
número passou para 213.883, o que significa uma redução de 13%.
Os números estão no Censo Agropecuário 2017, cujos dados foram
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
na sexta-feira, 25. A pesquisa fez uma fotografia do campo brasileiro no
dia 30 de setembro de 2017, com dados relativos ao período entre 1º de
outubro de 2016 e a data base.
De acordo com o Censo, o rebanho bovino do Rio Grande do Norte teve
uma diminuição de 148 mil animais de 2006 para 2017, passando de 907.185
para 758.453. De forma semelhante, o efetivo de aves composto por
galinhas, galos, frangas, frangos e pintos passou de 6 milhões de
cabeças, em 2006, para 5,6 milhões, uma redução de aproximadamente 7%.
Apesar da diminuição de animais, o levantamento do IBGE mostrou que
houve crescimento da produção de ovos e leite no período entre as duas
pesquisas. A produção de ovos de galinha variou de 23.140 dúzias para
46.802 dúzias; e a produção de leite de vaca também aumentou, de 193.085
litros para 228.161 litros.
Dos 63.452 estabelecimentos agropecuários recenseados no Rio Grande
do Norte, 38.097 possuem rebanho bovino, o que representa 60% do total. O
efetivo de aves (galinhas, galos, frangas, frangos e pintos), por sua
vez, foi verificada em 37.756 estabelecimentos, 59% do total.
PERFIL DO PRODUTOR
No Rio Grande do Norte, 10.016 estabelecimentos agropecuários (15,78%
do total) são comandados por mulheres. Mas os homens ainda são maioria.
Eles estão à frente de 53.206 unidades de produção agropecuária
(84,22%). Conforme o Censo Agropecuário de 2006, as mulheres lideravam a
atividade produtiva agropecuária em 11,13% desses estabelecimentos.
O Censo Agro 2017 também identificou que a proporção de mulheres
responsáveis pela produção, na agricultura familiar, é maior. No Rio
Grande do Norte, elas dirigem 16,57% dos estabelecimentos deste tipo,
enquanto que 12,7% dos estabelecimentos sem essa classificação têm
direção feminina.
No Brasil, há 19,75% dos estabelecimentos agropecuários de
agricultura familiar na mão de mulheres. Fora da classificação de
agricultura familiar, as mulheres estão à frente em 15%.
*Com informações do AgoraRN
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