O suspeito da morte de Marielle, Élcio Queiroz encontrou o outro acusado, Ronnie Lessa no condomínio de Jair Bolsonaro
dizendo que ia à casa do presidente – na época, deputado federal. A
revelação foi feita pelo porteiro, segundo informações divulgadas com
exclusividade pelo Jornal Nacional, da TV Globo, nesta terça-feira, 29.
A Polícia Civil teve acesso ao caderno de visitas (foto abaixo), do condomínio
Vivendas da Barra, na Zona Oeste do Rio, onde além de Bolsonaro, mora
Ronnie Lessa, o principal suspeito de matar a vereadora Marielle Franco e
o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Como houve citação ao nome do presidente, a lei obriga o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a situação.
O porteiro revelou que no dia do crime, horas antes do assassinato,
Élcio Queiroz entrou no condomínio dizendo que iria para a casa do então
deputado Bolsonaro e que ele ligou para a casa do presidente, e que
“seu Jair” liberou a entrada de Queiroz.
O porteiro ainda contou que depois de Élcio entrar, ele acompanhou a
ida do carro pelas câmeras de segurança e viu que o carro na verdade
parou na casa de Ronnie Lessa, casa 66 e não na de Bolsonaro, casa 58.
Segundo o Ministério Público e a Delegacia de Homicídios, Lessa é o
autor dos disparos que matou a vereadora e o motorista.
Após verificar, o porteiro ligou de novo para a casa de Bolsonaro e
foi informado pelo homem que se identificou como o presidente, que sabia
onde Élcio estava indo. Mas os registros de presença da Câmara dos
Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília no dia. Além disso, o
atual presidente postou vídeo nas redes sociais ao lado de fora e
dentro do gabinete em Brasília.
O Jornal Nacional ainda apurou que a guarita do condomínio tem
equipamentos que gravam as conversas pelo interfone. Os investigadores
estão recuperando os arquivos de áudio para saber quem, de fato, o
porteiro conversou naquele dia e quem estava na casa de Bolsonaro.
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