quarta-feira, 23 de outubro de 2019

RN tem 26% das estradas em condições ruins ou péssimas


Um em cada quatro quilômetros das estradas do Rio Grande do Norte está em condições ruins ou péssimas de tráfego, de acordo com a mais recente pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada nesta terça-feira, 22.
Segundo o levantamento, que pesquisou 1,8 mil quilômetros de estradas federais e estaduais no Rio Grande do Norte, 26,6% das rodovias do Estado apresenta algum tipo de problema – como desgastes, afundamentos ou trincas no asfalto ou problemas de geometria da via ou sinalização.
A pesquisa CNT aponta que apenas 4,5% das rodovias têm condições ótimas de tráfego. 29,9% estão em “boas” condições e 39% têm estado geral “regular”.
Entre os fundamentos avaliados, a pior situação é a de geometria das vias. De acordo com a pesquisa da CNT, mais da metade das estradas (54,9%) tem desenho ruim ou péssimo. Neste quesito, são avaliadas a distância de visibilidade e a velocidade máxima percorrida pelos motoristas, considerando critérios como segurança e conforto.
De acordo com o estudo, a pior estrada potiguar é a BR-226, que liga a Grande Natal à região Seridó do Estado. Ela levou nota “péssima” em todos os quesitos avaliados. Além dela, foram mal avaliadas as rodovias federais BR-110 e BR-103 e todas as rodovias estaduais, que receberam só notas “ruim” ou “péssima”.
CENÁRIO NACIONAL
Em todo o País, o número de pontos críticos da malha rodoviária pavimentada brasileira aumentou em 75,6% entre 2018 e 2019. De acordo com a CNT, essa situação, associada a outros fatores como falta de investimentos e má qualidade das pistas, prejudica a competitividade dos produtos brasileiros, aumentando em 28,5% o custo operacional dos produtos que têm, nas rodovias, sua principal forma de escoamento.
Segundo o levantamento, foram identificados, em 2019, 797 pontos críticos nas rodovias brasileiras. Destes, 130 são erosões na pista, 26 quedas de barreira, 2 pontes caídas e 639 trechos com buracos grandes. Entre 2017 e 2018, o número de pontos críticos já havia aumentado de 363 para 454 casos.
Na avaliação da CNT, 59,0% da malha rodoviária pavimentada apresentam algum tipo de problema, motivo pelo qual foi considerada regular, ruim ou péssima. Ainda segundo o levantamento, 41,0% da malha são consideradas ótimas ou boas. De acordo com o levantamento anterior, feito em 2018, 57% dos trechos de malha pavimentada apresentavam estado geral com classificação regular, ruim ou péssima.

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