BB e Correios não chegam a acordo sobre Banco Postal
Os
Correios e o Banco do Brasil não chegaram a um acordo sobre a renovação
do contrato do Banco Postal. A parceria entre as estatais será encerrada
em 15 de dezembro e a prestação do serviço será descontinuada, apurou o
Valor. A informação foi confirmada pela empresa postal.
A partir
desta data, a prestação de serviços básicos como saques, depósitos,
pagamentos de contas e consultas serão feitos por meio do Balcão do
Cidadão, em parceria com mais de uma instituição financeira. O próprio
Banco do Brasil negocia adesão a este modelo de serviço.
Em 2018, o
Banco Postal estava presente em 6.058 agências e teve receita de R$
234,61 milhões. O número de agências que oferece o serviço à população
caiu 60% entre desde o ano passado, totalizando 2.448 unidades. Entre os
municípios sem serviços bancários, passou de 1.929 para 829.
No início
do mês, o Valor mostrou que os dois lados estavam negociando a questão,
mas que havia dificuldades. O Banco do Brasil queria evitar o pagamento
de “luvas” pelo direito de operar o serviços, enquanto os Correios
desejavam receber esse bônus para fechar a parceria com o banco estatal
ou outra instituição.
O banco
público discute os termos para aderir à proposta para prestar serviços
bancários sem exclusividade com nenhuma instituição financeira. A ideia
no BB é tentar manter operações por meio dos Correios em lugares de mais
difícil acesso, em posição complementar à sua própria operação. Esse
projeto de ampliar a prestação de serviços nas 6.248 agências espalhadas
pelos 5.570 municípios surgiu na administração de Juarez Cunha, que
comandou a estatal de remessas por sete meses e foi substituído por
Floriano Peixoto junho deste ano.
Uma fonte
disse à reportagem que a ideia de Cunha era aumentar a oferta de
serviços para mostrar ao governo federal a importância dos Correios e
evitar a privatização. Neste mês, um decreto assinado pelo presidente
Jair Bolsonaro incluiu a empresa no Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI), que fará estudos sobre a privatização.
Segundo a
estatal, todas as unidades de atendimento dos Correios estarão
disponíveis para a prestação do serviço no Balcão do Cidadão, que será
formalizado por meio de contratos comerciais entre a empresa e as
instituições financeiras.
*COM INFORMAÇÕES valor econômico
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