O presidente Jair Bolsonaro assinou uma
medida provisória (MP) que acaba com o seguro obrigatório DPVAT, que
indeniza vítimas de acidentes de trânsito. A medida valerá a partir de
janeiro de 2020.
O governo afirma que MP não desampara os
cidadãos no caso de acidentes, já que, para as despesas médicas, “há
atendimento gratuito e universal na rede pública, por meio do SUS”.
“Para os segurados do INSS, também há a
cobertura do auxílio-doença, aposentadoria por invalidez,
auxílio-acidente e de pensão por morte. E mesmo para aqueles que não são
segurados do INSS, o governo federal também já oferece o Benefício de
Prestação Continuada (BPC), que garante o pagamento de um salário mínimo
mensal para pessoas que não possuam meios de prover sua subsistência ou
de tê-la provida por sua família, nos termos da legislação respectiva”,
informou, em nota.
Os acidentes ocorridos até 31 de dezembro
deste ano ainda seguem cobertos pelo DPVAT, segundo o governo. A atual
gestora do DPVAT, a Seguradora Líder, continuará até 31 de dezembro de
2025 responsável pelos procedimentos de cobertura dos acidentes
ocorridos até 2019. Após 31 dezembro 2025, a União sucederá a Seguradora
Líder nos direitos e obrigações envolvendo o DPVAT.
A Líder é um consórcio de 73 seguradoras que administra o DPVAT. Entre suas participantes, estão empresas como AIG Seguros, Caixa Seguradora, Bradesco Seguros, Itaú Seguros, Mapfre, Porto Seguro, Omint, Tokio Marine e Zurich Santander. A seguradora não se manifestou sobre a MP assinada pelo presidente.
A Líder é um consórcio de 73 seguradoras que administra o DPVAT. Entre suas participantes, estão empresas como AIG Seguros, Caixa Seguradora, Bradesco Seguros, Itaú Seguros, Mapfre, Porto Seguro, Omint, Tokio Marine e Zurich Santander. A seguradora não se manifestou sobre a MP assinada pelo presidente.
Dos recursos arrecadados pelo DPVAT, 50% vão
para a União. O repasse é dividido entre os 45% remetidos ao Sistema
Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar às
vítimas de acidentes de trânsito e os 5% que cabem ao Denatran
(Departamento Nacional de Trânsito) para investimento em programas de
educação e prevenção de acidentes. Os outros 50% são direcionados para
despesas, reservas e pagamento de indenizações às vítimas — mais de 4,5
milhões de pessoas foram beneficiadas na última década.
Em 2018, a parcela destinada ao SUS totalizou
R$ 2,1 bilhões; e, para o Denatran, R$ 233,5 milhões. Nos últimos 11
anos, essa contribuição soma mais de R$ 37,1 bilhões.
O valor total contabilizado no Consórcio do
DPVAT atualmente é de cerca de R$ 8,9 bilhões. De acordo com o Palácio
do Planalto, o valor estimado para cobrir as obrigações efetivas do
DPVAT até 2025 é de aproximadamente R$ 4,2 bilhões. O valor restante,
cerca de R$ 4,7 bilhões, para o qual não há previsão de pagamento de
indenização, será destinado à Conta Única do Tesouro Nacional.
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