(Reprodução/Redes Sociais)
O
senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente da
suposta República, pagou R$ 30 mil em dinheiro vivo para ficar com
móveis que estavam em um apartamento na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro,
que ele comprou em 2014.
A informação, divulgada nesta sexta-feira 27/XII pela Folha de S.Paulo,
consta de depoimento dado pelo antigo proprietário desse imóvel ao
Ministério Público do Rio de Janeiro. Foram dez depósitos de R$ 3 mil
feitos de forma fracionada entre outubro e novembro daquele ano.
Vale lembrar que a utilização de
recursos em espécie é um dos indícios apontados pelo MP-RJ da
"rachadinha" de salários no gabinete de Flávio em seus tempos de
deputado estudual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Segundo a reportagem, Flávio e a
esposa, Fernanda, compraram o apartamento do empresário David Macedo
Neto, em agosto de 2014, por R$ 2,55 milhões. Em seu depoimento, Neto
afirmou que os depósitos foram feitos “por Flávio Bolsonaro como
pagamento por parte do mobiliário que guarnecia o imóvel”.
Esse depósito de dinheiro em espécie a
conta-gotas é tido por investigadores, via de regra, como uma estratégia
para escapar do controle do sistema financeiro. Entradas em espécie a
partir de R$ 10 mil devem ser monitoradas pelos bancos e comunicadas à
Unidade de Inteligência Financeira (UIF), o antigo Coaf.
No caso desse apartamento, a Promotoria
aponta ainda uma diferença entre o valor declarado e a quantia
depositada pelo casal na conta do antigo proprietário. Segundo dados do
MP-RJ, eles transferiram R$ 7.813,04 a mais ao empresário. Os promotores
não informaram qual foi a explicação dada por Neto sobre essa
divergência.
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