A
viúva do jipeiro e supervisor de vendas Fantone Henry Filgueira Maia,
41 anos, assassinado a tiros, no último dia 30, pelo colega Ailton Berto
da Silva, 50 anos, durante uma confraternização da entidade Litoral
Jeep Clube, na praia de Redinha Nova, no litoral Norte, afirma que
jamais perdoará o acusado pelo crime praticado. Acompanhe a entrevista EXCLUSIVA ao Blog do BG.
Para
a auxiliar de laboratório Ingrid Iara, 37 anos, ainda é cedo para se
recuperar do trauma ocasionado pela tragédia que vitimou seu marido,
além de outros dois integrantes do Litoral Jeep Clube. “Fui conseguir
dormir nessa sexta-feira. A ficha parece que não quer cair. Por vezes,
me pergunto se é verdade o que aconteceu”, desabafou Ingrid, que
conviveu por 23 anos com Fatone, seu primeiro namorado, e tem uma filha
de 17 anos com ele.
Segundo
ela, apesar de ‘Tone’, como era mais chamado pelos familiares e amigos,
não ser propriamente o alvo de Ailton naquela noite, o que ele fez é
imperdoável. “A festa já estava acabando. Foi quando surgiu a discussão.
Quando escutei os primeiros disparos, gritei para meu marido correr,
mas ele quis apaziguar a situação e resolveu tentar desarmar Ailton, que
estava louco. Nesse momento, corri com as crianças para dentro do
banheiro. Depois fiquei sabendo que meu marido havia sido atingido. Ele
não tem noção do que ele fez na minha vida, da minha filha Maria
Gabriela, da família dele e dos amigos”.
De
acordo com Ingrid, Ailton Berto andava se sentindo rejeitado pela
turma, inclusive por Fantone, que não estava mais presente na vida dele
como antes. “Acredito que Ailton invejava muito meu marido, pois ele se
achava o bam-bam-bam. Quando sentava à mesa com a gente, era só contando
vantagem, que tinha granja, que tinha dinheiro. Ele sempre quis ser o
centro das atenções. Só que, de um tempo pra cá, a turma passou a
procurar outros locais para se confraternizar, haja vista que ninguém
estava mais suportando conviver com a arrogância dele. Além disso,
Ailton estava passando por problemas conjugais e acho que isso deve ter
pertubado a cabeça dele”.
Ingrid
ainda se diz bastante revoltada com o assassinato do marido e espera
que Ailton pague na justiça. “Ele tirou a vida de um pai de família e
trabalhador. Sei que ele já está pagando. Só quero saber o que ele vai
esclarecer à polícia, porque não existia qualquer motivo para tamanha
crueldade”.
Na
tarde da sexta-feira passada, Ailton Berto da Silva se entregou à
polícia, na presença de seu advogado, em Goianinha. Ele foi detido
mediante cumprimento de um mandado de prisão temporária expedido pela
Justiça e permanece preso, onde já prestou os primeiros esclarecimentos
do crime a investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP). O depoimento não foi revelado à imprensa.
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