Após 57 anos, mulher reecontra familia em Lagoa Nova

Momento histórico, do reecontro de Tereza com a família (Foto: O Jornal da Serra).

Eliabe-Repórter e Editor

Em Lagoa Nova/RN, o clima de emoção e alegria,  marcou o início da semana para família Olegário, que após 57 anos, se reecontrou com Tereza Maria do Nascimento Lopés, de 83 anos, que na década de 60 do século passado, havia migrado com os pais e filhos, para o interior do estado do Maranhão/MA. 

A agricultora Tereza, no já distante fevereiro de 1955, juntamente com a irmã Regina, havia casado na mesma data, ela  com Davi Pereira de Araújo, ao passo que a sua mana, oficializou união com Antônio Davi Sobrinho.e Sendo que, as duas  celebrações foram realizadas  pelo Padre Penha, em Lagoa Nova/RN, na capela de São Francisco de Assis.  Do matrimônio com Davi veiram cincos filhos: José, Francisco, Gilvan, Francisca e Gorete. 

Segundo conta, poucos anos depois,  em momento de seca severa no seridó, Tereza já separada de Davi, decidiu acompanhar os pais Olegário Carolino e Maria Joaquina, na viagem sofrida de pau de arara até o município de Timô/MA. Ficaram para trás os irmãos: Francisco (Falelido), José (Desaparecido), Regina, Josefa (Falecida), Lindalva (Falecida), Maria e Severina (Falecida).

Gerações deferentes  da família Olegário, recepcionaram a integrante, que esteve ausente  por mais de meio século (Foto: O Jornal da Serra).

Durante os dias de viagem, aconteceram  varias quebradeiras no caminhão e, mesmo com crianças pequenas, tiveram que encarar a apopéia,  de seguir viagem durante dias a fio em costa de animais, atravessando brejais,  dormindo no mato, debaixo de sol e chuva até a Lago da Pedra/MA, sendo que no total, a travessia durou 20 dias.

De acordo com Tereza, na época o cunhado Oliveira, já estava instalado no município de Barra  do Corda e, se juntaram a ele, no trabalho duro  com lavouras de arroz, milho e feijão. No novo estado, como mulher caridosa, lembra ajudou muitas famílias, com oficio de preparar mortalhas e ornamentos para velórios e sepultamentos. "Trabalhei muito de enxada na roça, para criar meus filhos e não pedir nada a ninguém. Esses sinais nos meus braços, foi de tanto trabalhar no sol com roça", recorda.

Depois de anos sozinha, lutando pela sobrevivência no Maranhão, em 1976, casou-se com o atual marido Moacir de Paula Lopés, de 75 anos, com o qual gerou mais seis filhos: Edivan, Edimar, Eliezio, Elton, Edna e Edileide. Em 1983, já morando distante dos pais, disse que não foi possível, se encontrar com a irmã Regina e o cunhado Antônio, que foram ao Maranhão buscar o patriarca Olegário, para findar os últimos anos de vida na terra natal.

Conforme Jocasta Olegário, sobrinha de Tereza, a família sempre buscou informação acerca do paradeiro de Tereza, porém, nunca encontraram informações e dados precisos, até que o primo Francisco, que usa o nome artistico de "Fran Nascimento",  cover do cantor Bartô Galeno, tentou várias vezes conseguiu contanto, através da rádio cerrocoraense e a aparti dai, começaram se comunicar pelas redes sociais, apara emfim, recebê-los em Mossoró no domingo (19/01) e nessa segunda(20/01), proporcionar o grande encontro da família em Lagoa Nova/RN.

 

*Com informações do Jornal da Serra