segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Planalto avalia rumo dos preços dos combustíveis nesta segunda-feira

Chanceler Ernesto Araújo acompanha desdobramentos das ações dos EUA contra o Irã /Foto: Agência Brasil

O Palácio do Planalto começa, nesta segunda-feira (6), a avaliar o futuro dos preços dos combustíveis no Brasil, após a recente disparada da cotação do barril de petróleo no exterior devido à escalada de tensões no Oriente Médio com as ameaças de um conflito armado entre EUA e Irã, depois da morte de um comandante militar do país persa.

Uma reunião foi convocada para nesta segunda-feira, em Brasília, para avaliar os desdobramentos desse episódio na alta do preço dos combustíveis, com participação do ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Na última sexta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro conversou com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e voltou a dizer que o Governo não tem como interferir no preço do combustível, mas apelou para que os governadores atuem para segurar impostos, caso a alta seja muito expressiva.

"Vamos supor que aumente 20% o preço do petróleo, vai aumentar em 20% o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), não dá para os governadores cederem nisso aí também? Porque todo mundo perde, quando você mexe em combustível, toda a nossa economia é afetada", afirmou Bolsonaro, na sexta-feira passada.

Itamaraty

O chanceler brasileiro Ernesto Araújo é outra voz que está sendo ouvida dentro do Governo Bolsonaro sobre o impacto de um agravamento da crise entre EUA e Irã.

"O Brasil acompanha com atenção os desdobramentos da ação no Iraque, inclusive seu impacto sobre os preços do petróleo e apela, uma vez mais, para a unidade de todas as nações contra o terrorismo em todas as suas formas", declarou o Ministério das Relações Exteriores, em nota.

As preocupações do Governo Bolsonaro com a forte alta do petróleo se referem aos efeitos negativos nos custos de energia nos índices de inflação e no ritmo de crescimento da economia brasileira. Um cenário de turbulências na geopolítica mundial seria negativo à retomada da confiança.

"O Brasil está igualmente pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento", diz o Itamaraty.

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