Apesar da preocupação com a eventual chegada do coronavírus ao
Brasil, outro tipo de agravo respiratório – mais simples e comum – segue
fazendo vítimas e chamando a atenção dos serviços públicos: a gripe,
dos tipos A e B.
O Rio Grande do Norte registrou 71 mortes causas por estas cepas de
vírus entre os anos de 2009 até 2019, segundo dados pelo Ministério da
Saúde.
O número representa os óbitos em unidades hospitalares do Estado –
públicos, privados e filantrópicos. De acordo com os dados de morbidade
hospitalar do Ministério, o Rio Grande do Norte registrou – dados
referentes aos meses de janeiro a novembro – um total de 9 mortes
causadas pela gripe em 2019.
Em comparação com outros estados da região Nordeste, o Rio Grande do
Norte teve o terceiro menor registro de óbitos, ficando atrás de Piauí
(1) e Sergipe (2). Em contrapartida, o Ceará contabilizou 88 mortes no
ano passado.
No passado, ainda de acordo com os números, 138 pessoas foram
atendidas em hospitais em razão de problemas relações com o vírus
influenza em hospitais. O custo de internação das pessoas atendidas com o
vírus foi de R$ 116 mil. Ao longo dos últimos 10 anos, as unidades
hospitalares atenderam 2.819 pessoas infectadas com influenza.
“O vírus que mais mata em todo o mundo ainda é o da gripe. Causa
mortes na China, Alemanha, Estados Unidos, Brasil, ou seja, em todos os
lugares do planeta. Nosso foco tem que ser na prevenção, em ações para
evitar o contágio, como a vacinação”, diz o secretário adjunto da Saúde,
Petrônio Spinelli.
Segundo o Ministério da Saúde, a campanha de vacinação contra a gripe
será realizada de 13 de abril a 15 de maio. Para 2020, a população de
55 a 59 anos foi adicionado ao grupo prioritário.
Em razão do surto global do coronavírus (2019-nCoV), o Rio Grande do
Norte foi a primeira unidade federativa a construir um plano de
contingência e um protocolo clínico para atender casos da doença. O
instrumento irá proporcionar uma orientação a todas as equipes de saúde
que receberão os possíveis doentes infectados pelo vírus.
“Nós temos um plano de contingência para casos suspeitos. Temos
hospitais designados para atender os doentes. O Hospital Maria Alice
Fernandes vai cuidar das crianças; já o Hospital Giselda Trigueiro vai
receber adultos”, detalha Petrônio Spinelli.
O Ministério da Saúde ainda não determinou o bloqueio ou controle
excessivo da entrada de passageiros nos portos e aeroportos, mas já
existem planos de contingência específicos e fluxos determinados pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Inicialmente os hospitais de referência para atendimentos dos
possíveis casos suspeitos são o Giselda Trigueiro e Maria Alice
Fernandes em Natal. Caso necessário, também serão inseridos os hospitais
Rafael Fernandes, em Mossoró, e Telecila Freitas Fontes, em Caicó.
De acordo com André Prudente, infectologista e diretor do Hospital
Giselda Trigueiro, as medidas de prevenção ao coronavírus se assemelham
ao vírus da gripe influenza. “É importante lavar as mãos frequentemente
com água e sabão, evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não
lavadas, evitar contato próximo com pessoas doentes, ficar em casa
quando estiver doente, cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar com
um lenço de papel”, encerra.
*Com informações do AgoraRN
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