terça-feira, 31 de março de 2020

Parada da produção de petróleo no CE não deve impactar cidades


O Ceará não deverá sentir um impacto muito grande pela paralisação da produção de petróleo nas plataformas instaladas no Estado. Segundo análise de Irineu Carvalho, consultor econômico da Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece), os valores recebidos pelo municípios cearense pelos royalties do petróleo não têm um peso relevante para a receitas das cidades.
Em 2019, as cidades no Ceará receberam um total de R$ 89,931 milhões do Governo Federal. A preocupação surgiu após a estatal confirmar a paralisação da produção nas plataformas de águas rasas do Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e no Polo Garoupa da Bacia de Campos.
A estimativa é de 400 pessoas desligadas e mais de 2 mil que compõem a cadeia produtiva afetadas.
Localização e peso
O Estado conta com nove plataformas instaladas em quatro campos de exploração: Xáreu, Atum, Curimã e Espada. A base para as plataformas fica em Paracuru. "Nós temos alguns municípios aqui no Ceará, mas são poucos os que ganham um valor significativo, diferente de Rio de Janeiro ou São Paulo. Não seria uma perda generalizada porque valor no Ceará é insignificante. Enquanto os municípios no Rio de Janeiro receberam R$ 4 bi, no Ceará foram só R$ 89 milhões", disse o consultor.
"Não é um valor muito grande, porque quando você analisa a receita de royalties ela é pequena mesmo nas oito cidades que mais recebem. Não é determinante quando você compara a receita total desses municípios", completou.
Quais cidades recebem
A lista de cidades no Ceará que recebem royalties é liderada por Fortaleza, com R$ 15,762 milhões. Trairi (R$ 9,766 milhões), Paracuru (R$ 2,068 milhões), Paraipaba (R$ 8,040 milhões), Maracanaú (R$ 9,498 milhões), Itapipoca (R$ 10,704 milhões), Icapuí (R$ 8,722 milhões), Aracati (R$ 9,455 milhões) e Amontada (R$ 7,029 milhões) completam a lista.
Municípios cearenses não deverão sentir um grande impacto na receita após a Petrobras suspender a produção de petróleo nas plataformas do Estado, pois valor de repasse é pequeno, diz consultor da Aprece

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