O juiz da 8.ª Vara Cível Federal de São Paulo, Paulo Cezar Duran, deu
 prazo de 72 horas para a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestar 
em relação ao suposto descumprimento por parte do presidente Jair 
Bolsonaro de orientações das autoridades de saúde no combate ao 
coronavírus em passeios e discursos feitos durante a pandemia.
A determinação é andamento de uma ação ajuizada pelos deputados 
petistas Paulo Teixeira (SP) e Henrique Fontana (RS) na qual pedem que a
 Justiça impeça Bolsonaro de “ realizar passeios públicos sem seguir 
orientações como uso de luvas e máscara e sem garantir o distanciamento 
mínimo recomendado pelas normas sanitárias, proferir discursos em cadeia
 de rádio e TV que contrariem os protocolos sanitários, publicar 
mensagens em redes sociais que contrariem os protocolos e editar atos 
normativos em desacordo com os protocolos” sob pena de estar cometendo 
crime de responsabilidade.
“Ademais, tendo em vista as inúmeras ações civis públicas e ações 
populares ajuizadas em âmbito nacional a fim de que o presidente da 
República siga orientações dos órgãos de saúde, reputo prudente a oitiva
 da União sobre o pedido formulado nesta ação, bem como para que se 
manifeste a respeito de eventual prevenção”, diz o juiz em despacho 
desta quarta-feira, 29.
Na ação, os deputados petistas citam passeios feitos por Bolsonaro 
durante a pandemia, a participação do presidente em ato antidemocrático e
 pronunciamentos em cadeia nacional de TV nos quais minimizou os efeitos
 da pandemia.
A AGU foi procurada mas ainda não se manifestou.
ESTADÃO CONTEÚDO

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