Os medidores de distanciamento social para conter o coronavírus,
registrados pela plataforma InLoco, indicam que o Rio Grande do Norte
não tem adesão de aproximadamente 50% da população em dias de semana
pelo menos desde o dia 25 de março. A partir dessa data, o índice de
cumprimento das medidas alcançou metade da população somente em feriados
e finais de semana, quando normalmente parte dos serviços fecham e o
movimento nas cidades diminui. O percentual é classificado pela
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) como o mínimo de
cumprimento esperado a partir dos decretos estaduais em vigor. O ideal é
considerado 60%, que nunca foi alcançado.
Os dados do InLoco, uma empresa que trabalha a partir da
geolocalização dos celulares, são divulgados pelo Laboratório de
Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (LAIS/UFRN) diariamente. A última vez que o Rio Grande do Norte
ficou acima dos 50% de isolamento social foi no dia 21 de abril, feriado
de Tiradentes. Desde então, mesmo nos finais de semana e no feriado do
Dia do Trabalhador, em 1º de maio, o índice ficou abaixo. Na
quarta-feira, 13, última data compilada, o percentual de cumprimento foi
de 42,07%.
Para o físico Rafael Chaves, pesquisador do Instituto Internacional
de Física (IIF) da UFRN, os índices de isolamento social entre 50% e 40%
são insuficientes para evitar o colapso dos leitos de saúde no Brasil. O
pesquisador aplicou cálculos matemáticos, em um trabalho feito em
parceria com outros dois pesquisadores do IIF, hospitais e outros
centros de pesquisa, para fazer uma análise do cenário nacional e chegou
à conclusão de que o percentual necessário para evitar o colapso é de
70%.
“O distanciamento feito até agora, de 50%, em média, no Brasil, foi
muito eficiente para diminuir o número de infectados e mortos. Hoje
estamos na casa dos 12 mil mortos, mas se não tivesse sido feito nada já
estaríamos nas centenas de milhares, seria algo muito catastrófico. Mas
esses 50% não são suficientes. A gente realizou o cálculo em meados de
abril e viu que se a gente continuasse em 50% já estaríamos vendo o
sistema de colapso de saúde na primeira semana de maio. É justamente o
que está acontecendo em vários Estados”, afirmou Chaves.
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TRIBUNA DO NORTE
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