O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira
(11) que irá vetar eventual decisão do Congresso Nacional de elevar de
R$ 300 para R$ 600 as duas parcelas extras de auxílio emergencial que o
governo se dispôs a pagar em decorrência da pandemia do novo
coronavírus.
"Na Câmara por exemplo, vamos supor que chegue uma proposta de duas
[parcelas extras] de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$ 400, R$
500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o
Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida
cada vez mais impagável. É o veto", afirmou Bolsonaro em sua live
semanal.
Na última terça-feira (9) o ministro Paulo Guedes (Economia) havia
confirmado que o governo pagará mais duas parcelas do auxílio
emergencial a trabalhadores e lançará um projeto de renda mínima, o
Renda Brasil, além de retomar o Programa Verde Amarelo, que prevê
impulsionar empregos e flexibiliza contratos de trabalho.
Em reunião com deputados na segunda (8), Guedes havia dito que o
programa substituirá o Bolsa Família e será mais abrangente, incluindo
parcela dos informais identificados pelo governo durante a pandemia do
coronavírus.
Na mesma ocasião, o ministro informou que o Executivo deverá pagar
por mais 60 dias o auxílio emergencial, mas em duas parcelas de R$ 300,
valor inferior aos R$ 600 pagos atualmente. A primeira parcela do
auxílio foi paga em abril e a previsão era a de que ele durasse três
meses.
Deputados e senadores têm indicado intenção de elevar esse valor.
Caso o Congresso aprove um benefício maior do que os R$ 300 e Bolsonaro
vete a medida, é possível que essa decisão seja derrubada por deputados e
senadores, que têm a palavra final. Para isso, é preciso o apoio de
pelo menos metade delas em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado.
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