Ex-aliados do presidente Jair
Bolsonaro criticaram a recriação do Ministério das Comunicações e a
indicação do deputado Fábio Faria (PSD-RN) para encabeçar a pasta. Pelas
redes sociais, antigos apoiadores do presidente - como Janaína Paschoal
(PSL-SP) e o ex-ministro Sérgio Moro - viram contradição de Bolsonaro
com suas promessas de campanha. A escolha de Faria para o cargo foi
interpretada como mais um gesto de aproximação do presidente com o
Centrão.
"Foi para isso que eu apoiei esse presidente? Foi para isso
que fomos às ruas para derrubar Dilma?", escreveu a deputada estadual
por São Paulo Janaína Paschoal (PSL) em seu Twitter. "Bolsonaro se
ilude, pensando que esse pessoal do Centrão vai blindá-lo. Melhor seria
ficar fiel aos princípios que defendeu na campanha eleitoral! Dilma
chegou a ter mais de 30 ministérios. Fosse fiel ao que prometeu, estaria
muito mais forte. É triste!"
Sem comentar a escolha do nome para
comandar a pasta, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio
Moro criticou a criação de mais um ministério. O ex-juiz federal chamou a
pasta das Comunicações de "Ministério da Propaganda". "Recriado o
Ministério da Propaganda. Quais serão os próximos?", escreveu.
O
deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) lembrou a promessa de campanha
do presidente de reduzir o número de pastas do Executivo federal. "Mais
um dos tantos atos que comprovam que Jair Bolsonaro se utilizou de um
discurso em campanha. Na prática é o oposto. Recria ministérios e loteia
cargos. Nunca foi um reformista. Nem um homem de palavra", escreveu em
seu Twitter.
Rompida com o governo e alvo constante de críticas do
presidente e de seus filhos, Joice Hasselmann (PSL-SP) também criticou o
presidente e a escolha do novo ministro. Em uma série de tuítes, a
deputada disse que Bolsonaro faz "aparelhamento" emissoras de televisão
simpáticas ao seu governo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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