O Ministério da Justiça determinou na quarta-feira (10) que a
proprietária da marca de limpeza Ypê suspenda a venda de uma linha de
sabão em pó cuja publicidade pode ser julgada como abusiva ao dar a
entender que o produto é eficaz contra qualquer tipo de vírus.
Na decisão proferida pelo Departamento de Proteção e Defesa do
Consumidor, o órgão diz que está em apuração eventual prática de
propaganda enganosa do fornecedor. Tanto os rótulos como a publicidade
em TV são questionadas no contexto da pandemia de coronavírus. A Covid-19 ainda não tem imunização.
A determinação provém de uma representação da concorrente Unilever,
dona da marca Omo, que entrou na Justiça contra a Amparo (dona da Ypê),
como informou a coluna Painel S.A. na segunda-feira (8).
Em nota, a Amparo diz que “fará a troca de algumas embalagens
específicas do Lava Roupas Tixan em pó à venda nos supermercados,
referentes a poucos lotes produzidos nos últimos dias”. Também esclarece
que realiza a troca dessas embalagens em respeito a decisões da Justiça
e da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor).
“O mérito da ação ainda será julgado, mas em respeito a seus
clientes, a empresa resolveu atender de imediato a decisão liminar, que
conta com o prazo legal de cinco dias.”
A Justiça pode multar a marca em R$ 100 por produto colocado à venda no varejo físico após prazo de cinco dias.
Na representação, a Unilever alega que o produto traz no rótulo
estampa de propriedades antimicrobianas “de eliminação de vírus,
caracterizada pela utilização de imagem de um coronavírus”.
Além disso, a acusadora diz que tomou conhecimento de publicidade
veiculada em programa de TV onde a apresentadora teria anunciado aos
consumidores “com redobrada ênfase” que, além de deixar a roupa limpa,
“Tixan Ypê combate e mata vírus, promovendo a higiene a sanitização das
suas roupas”.
FOLHAPRESS
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