sexta-feira, 10 de julho de 2020

Itália proíbe entrada de viajantes com passagem recente pelo Brasil

 Um passageiro com uma máscara protetora passa por uma placa indicando para manter o distanciamento social no aeroporto internacional Roma-Fiumicino, na região metropolitana de Roma - 30/06/202.

O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, determinou nesta quinta-feira a proibição de entrada e trânsito para pessoas com passagem recente pelo Brasil ou por outros 12 países que ainda não controlaram a pandemia do novo coronavírus. A medida também atinge Armênia, Bahrein, Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Chile, Kuwait, Macedônia do Norte, Moldávia, Omã, Panamá, Peru e República Dominicana.
— Não podemos deixar que os sacrifícios feitos pelos italianos nos últimos meses sejam em vão — declarou o ministro.
A proibição foi assinada por Speranza após consultas aos ministros das Relações Exteriores (Luigi Di Maio), do Interior (Luciana Lamorgese) e dos Transportes (Paola De Micheli) e vale para aqueles que tenham transitado por algum dos 13 países nas duas semanas anteriores à viagem à Itália.
Cidadãos italianos estão isentos, mas terão de cumprir 14 dias de quarentena após o retorno. Além disso, o governo também suspendeu todos os voos diretos e indiretos de e para as 13 nações indicadas. Até agora, eram permitidas viagens consideradas essenciais vindas desses países.
União Europeia (UE) reabriu suas fronteiras externas este mês, excluindo o Brasil, mas foi estabelecido que cada país decidiria de forma autônoma como implementar a lista de exclusão recomendada.  Portugal, por exemplo, anunciou que permitirá apenas viagens essenciais do Brasil, e exigirá teste da Covid-19.
Nos EUA, o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse em entrevista coletiva na quarta-feira que o Brasil receberá o mesmo tratamento que os outros países no que diz respeito à retomada das viagens internacionais. De acordo com Pompeo, o governo americano —  de quem o presidente Jair Bolsonaro é aliado —  está avaliando a reabertura das fronteiras “com base na razão e na ciência, e não na política”.

O GLOBO

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