Com a mudança, o percentual de eleitores com menos de 18 anos passou a representar menos de 0,7% dos 147,9 milhões de brasileiros com direito de votar. Há quatro anos, os mais jovens correspondiam a 1,6% dos 144 milhões de eleitores.
A queda mais acentuada foi entre os cidadãos de 16 anos, com apenas 239.961 habilitados para comparecer às urnas. Há quatro anos, eram 833.333 autorizados a votar. Já o número de eleitores com 17 anos ficou 46,5% menor, passando de 1,47 milhão para pouco mais de 790 mil.
Na análise por sexo, as mulheres representam 50,58% (521.223) de todos os menores com permissão para exercer a cidadania nas eleições deste ano. Os demais 509.340 de cadastrados são homens.
Para o advogado especialista em Direito Eleitoral Tony Chalita, a queda pela metade no número de eleitores com menos de 18 anos, para o quais o voto ainda é facultativo, pode ter sido motivada pelo fechamento dos cartórios em função da pandemia do novo coronavírus e um desinteresse geral dos jovens com a política.
Voto facultativo
Apesar da queda no número menores na comparação com o pleito de 2016, a quantidade de eleitores cujo voto é facultativo cresceu 6,4%, de 13,6 milhões para 14,5 milhões. A alta foi puxada pelos eleitores mais velhos.
Ao analisar a evolução do eleitorado, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) disse que o aumento ocorre devido ao envelhecimento populacional no Brasil.
“A redução no número de eleitores mais jovens e o aumento nos com maior idade revela a evolução demográfica do Brasil em que, felizmente para todos nós, embora ruim para a Previdência, as pessoas estão vivendo mais”, analisou Barroso.
O voto no Brasil é obrigatório para todos aqueles cidadãos com mais de 18 anos e menos de 70. Além dos menores de 18 e dos maiores de 70, o comparecimento às urnas também é facultativo para os analfabetos.
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