A cada cinco eleitores aptos a votar nas Eleições 2020, no Rio Grande do Norte, um é idoso. Ao todo, 18,3% dos potiguares que poderão escolher candidatos a vereador e prefeito nas urnas, neste ano, têm mais de 60 anos e fazem parte do grupo de risco para o novo coronavírus. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral.
São 447.852 pessoas, entre os 2.447.178 eleitores potiguares registrados em 2020. O percentual de idosos é mais alto que os pleitos anteriores. Em 2014, esse público representava 15,7% do eleitorado potiguar. Em números absolutos, são 80,5 mil idosos a mais neste ano.
O percentual no estado é um pouco abaixo do nacional. No Brasil, os idosos são 20% dos eleitores – a maior participação na série histórica pelo menos desde 1992.
Na capital Natal, porém, os idosos representam 20,1% dos eleitores, chegando à media nacional. No segundo maior colégio eleitoral do estado, Mossoró, os idosos são 17,8% dos votantes.
Os dados levam em conta a idade dos eleitores no primeiro turno, que será em 15 de novembro. O segundo turno está marcado para 29 de novembro.
Por causa da pandemia, nestas eleições, os idosos terão horário preferencial no dia da votação (das 7h às 10h), e as seções eleitorais terão que adotar uma série de medidas para evitar a disseminação da Covid-19, como o uso do álcool em gel e as recomendações de levar a própria caneta e manter a distância de pelo menos 1 metro do outro eleitor na fila. Também é obrigatório usar máscara facial no local da votação.
Envelhecimento
Essa tendência de envelhecimento observada entre os eleitores reflete o fenômeno da transição demográfica que o Brasil está vivendo, segundo o demógrafo do IBGE Marcio Mitsuo Minamiguchi. Isso deve continuar até 2060, quando o Brasil deverá ter cerca de 30% de pessoas acima de 60 anos.
“O tamanho do eleitorado de idosos está intimamente ligado à estrutura da população. Os idosos são uma parcela bastante representativa da sociedade. O envelhecimento da população é reflexo do que chamamos de transição demográfica, que consiste na passagem de níveis mais altos para níveis baixos tanto de fecundidade quanto de mortalidade”, diz.
“Com a redução da fecundidade, as gerações têm menos filhos. Isso leva a uma estreitamento da base da pirâmide e, por outro lado, com o aumento da expectativa de vida e a redução da mortalidade temos chances maiores de as pessoas chegarem a idades avançadas. Esses dois efeitos levam a esse processo de envelhecimento da população”, acrescenta Minamiguchi.
*Com informações do G1 RN
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