segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Moradora da Grande Natal recebe pacote com sementes misteriosas: 'Nem abri'

 Uma moradora de Ceará-Mirim, na Região Metropolitana de Natal, foi mais uma a receber um pacote com sementes misteriosas que não comprou. O produto foi entregue na casa dela, assim como tem acontecido nos últimos dias com pessoas de 23 estados brasileiros, além do Distrito Federal

A professora Cláudia Maria Lopes, de 48 anos, havia comprado, há cerca de cinco meses, máscaras de proteção em um site estrangeiro. Foi a primeira vez naquela loja. Os produtos, no entanto, não chegaram.

No dia 28 de setembro, ela foi surpreendida com a entrega e sentiu a diferença de peso logo no pacote, que estava mais leve e menor do que a encomenda pedida. "Quando eu abri, tinha esse pacotinho. Eu não lembrava de ter pedido semente nenhuma. Só se eu tivesse clicado errado no link, o que eu não fiz".

Ao entrar em casa com o pacote e comentar com os familiares, ela foi alertada pelo filho. "Ele me avisou que estava passando na televisão uma matéria de várias pessoas que tinham recebido essas sementes".

Assim, Cláudia entrou em contato com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na sexta-feira (2) para relatar mais um caso e vai entregar o pacote nesta semana ao órgão. Enquanto isso, ela segue as recomendações de não abrir o pacote. "Nem parecem ser sementes. Parecem ser besourinhos, uns bichinhos. Nem abri. Está no pacotinho". 

A professora disse que não teve medo de ter recebido as sementes, mas foi cautelosa. "Nessa época de pandemia, como a gente higieniza tudo. Eu não passei nada nela, mas depois que eu peguei, eu fui higienizar minhas mãos e deixei ela guardadinha".

Ela cita a importância de relatar os casos para contabilização e conscientização das pessoas. "Tem pessoas que não têm esse esclarecimento e podem jogar fora ou até plantar". Cláudia disse que não entrou mais em contato com a empresa, pois ela já relatava o atraso na entrega, através do canal de comunicação, e não recebia respostas.

O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Goiânia, referência no país, está analisando as amostras de sementes desde segunda-feira passada. Os profissionais devem analisar mais de 140 pacotes recebidos no Brasil.

 

 

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