O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça junto ao III Tribunal do Júri da Capital, denunciou nesta quarta-feira (30/12), por homicídio quintuplamente qualificado, o engenheiro Paulo José Arronenzi, responsável pela morte de sua ex-esposa, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. O crime foi praticado no último dia 24 de dezembro de 2020, na Avenida Raquel de Queiroz, na Barra da Tijuca.
De acordo com a denúncia, trata-se de crime de feminicídio, perpetrado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, já que foi executado pelo denunciado contra sua ex-esposa. Também é tido como qualificado por ter sido praticado na presença física de três crianças, uma com 10 e duas gêmeas com sete anos de idade.
O inconformismo com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras na vida do acusado fez com que a denúncia apontasse o motivo torpe como outra qualificadora. O crime foi ainda qualificado pelo fato de ter sido cometido de uma maneira que dificultou a defesa da vítima, atacada de surpresa quando descia do carro enquanto levava filhas ao encontro do denunciado.
O crime também foi qualificado pelo meio cruel utilizado, uma vez que as múltiplas facadas no corpo e no rosto da vítima lhe causaram intenso sofrimento físico.
O documento descreve que Arronenzi, consciente e voluntariamente, desferiu diversas facadas contra sua ex-esposa, causando-lhe as lesões que, por sua natureza e sede, foram a causa de sua morte.
A 2ª Promotoria de Justiça, junto ao III Tribunal do Júri da Capital, também querem que o denunciado seja condenado ao pagamento de indenização pelos danos materiais e morais causados à família da vítima, em valor a ser apurado no curso do processo.
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