O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, afirmou ser contrário ao impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ele afirmou que o Brasil não aguenta um terceiro processo como esse.
De acordo com Fux, o impeachment é um processo político que não passa pelo Supremo. “Mas, em uma pós-pandemia, em que o país precisa se reerguer economicamente, atrair investidores e consolidar a nossa democracia, eu acho que seria um desastre. O Brasil não aguenta três impeachments.”
Em 2016, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi retirada da Presidência pelo Congresso. Em 1992, Fernando Collor (na época no PRN) foi o primeiro a sofrer impeachment.
Fux também minimizou a declaração de Bolsonaro de que o país teria problemas ainda maiores que os que foram vistos nos Estados Unidos, com a invasão do Capitólio, caso não adotasse o voto impresso.
“Eu não acredito que ocorra 10% do que aconteceu nos Estados Unidos. Uma minoria inexpressiva não vai ter apoio. Absolutamente, não. Em conversas espontâneas, os generais têm uma posição muito firme de que a democracia brasileira não pode sofrer nenhum tipo de moléstia. Todos eles.”
Fux descartou qualquer chance de adoção da impressão das escolhas dos eleitores. “Eu acho o voto impresso uma coisa muito antiquada, completamente desnecessária, porque as urnas são superseguras. E o voto impresso gera uma despesa bilionária para o Brasil. A palavra do Supremo está dada (contra o voto impresso). Uma despesa bilionária, depois da decisão do Supremo, é inaceitável. Não tem sentido.”
*Com informações do R7
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