sexta-feira, 30 de julho de 2021

TSE contesta Bolsonaro sobre supostas fraude em eleições

 

A página do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Twitter contestou em tempo real as falas do presidente Jair Bolsonaro sobre supostas fraudes nas eleições. O mandatário usou sua live semanal, nesta 5ª feira (29.jul.2021), para apresentar o que chamou de “prova bomba” de irregularidades no processo eleitoral. As informações são do Poder 360.

Durante a live, no entanto, o presidente mudou o tom e afirmou que há “indícios fortíssimos ainda em fase de aprofundamento que nos levam a crer que temos que mudar esse processo eleitoral”. E completou: “Não temos provas, vamos deixar bem claro, mas indícios“.

Em uma postagem, o TSE afirma que “ a apuração dos resultados é feita automaticamente pela #UrnaEletrônica ao encerramento da votação. Os dados criptografados são transmitidos ao @TSEjusbr, que checa a autenticidade/integridade e faz a totalização, em processo público e auditável”, diz uma postagem.

Na live, o presidente disse que a contagem dos votos da eleição se daria “numa sala secreta do TSE”.

“É justo quem tirou o Lula da cadeia, quem o tornou elegível, ser o mesmo que vai contar o voto numa sala secreta do TSE? Cadê a contagem pública dos votos? Que eu quero eleições no ano que vem, vamos realizar eleições no ano que vem, mas eleições limpas, democráticas, sinceras”, declarou o presidente.

Outra postagem do tribunal diz que Índia, Rússia, França e EUA estão entre os países que usam, em algumas regiões, o voto inteiramente digital (sem impressão). O TSE usou dados do IDEA (Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral, na sigla em inglês) para afirmar que no mundo todo, 27 países (de 178 analisados) usam tecnologia eletrônica em eleições nacionais.

Bolsonaro disse que o sistema eletrônico de votação só existe no Butão e em Bangladesh, além do Brasil.

O chefe do Executivo mudou o tom, e não falou em “provas” contra as eleições. Disse que há “indícios fortíssimos ainda em fase de aprofundamento que nos levam a crer que temos que mudar esse processo eleitoral”.

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