quinta-feira, 12 de maio de 2022

Corpo achado em veleiro em Natal ainda não foi identificado

 O corpo de um homem encontrado no sábado (7) em veleiro à deriva, cerca de 26 quilômetros da costa de Natal, ainda não foi oficialmente identificado pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia. A causa da morte também não foi determinada. Segundo o ITEP, documentos pessoais de um um homem de nacionalidade italiana foram encontrados no local. O corpo pode ser de Stéfano Magnani, 52 anos, mas para comprovar a informação é preciso DNA de algum familiar. Rino Bordogna, representante consular da Itália em Natal, confirmou que, pelo avançado estado de decomposição, um reconhecimento facial não foi possível. 

De acordo com a documentação encontrada, Stéfano Magnani é natural da cidade de Bellaria-Igea Marina, região da Emília-Romanha e província de Rimini. Atualmente, o local conta com cerca de 15.199 habitantes. O homem trabalha como motorista, tem cabelo e olhos castanhos e 1,83m de estatura. “Quem está fazendo essa busca na Itália é o Consulado de Recife”, diz Rino. “É importante encontrar familiares para que uma amostra de DNA possa ser colhida e comparar no ITEP. Dessa forma, vamos saber com 100% de certeza se o morto é mesmo dono dos documentos encontrados”.

Por meio de sua assessoria de comunicação, o ITEP confirmou que a causa morte ainda não foi determinada e, pelo avançado estado de decomposição, não foi possível confirmar a identidade do corpo. Nesse caso, somente com análise de DNA que, para comparação, precisa de amostras familiares. Enquanto o Consulado tenta contato, o corpo segue no Instituto. “Esse trabalho é feito de dois modos, primeiro contatamos a prefeitura de Bellaria-Igea Marina. 
 
Através da carta de identidade, esperamos que ele ainda more naquela comuna, não sabemos se ele mudou e reside em outro local. Depois, mandamos para o Carabinieri, que é a polícia italiana, para auxiliar na busca”, explica Rino.
 
Foram encontrados no veleiro: um passaporte (vencido); um diário; documentos do barco; cartas náuticas; notas fiscais de serviços de reparos do barco e um GPS. Os pertences estão em posse da Polícia Federal, que também atua no caso. Entrevistado na manhã desta quarta-feira (11), Rino Bordogna disse que estava na espera do envio de cópias desses itens que podem auxiliar na identificação. 

Em casos dessa natureza, a parte da PF é apenas imigração, que está prejudicada momentaneamente, uma vez que o Consulado ainda tenta confirmar com a família a identificação do corpo encontrado. O órgão faz o controle migratório e de embarcação de transporte na entrada e saída do país. “Estamos acompanhando junto ao Consulado italiano, porque pressupõe-se que aquele corpo encontrado seja da pessoa dos documentos a bordo. 
 
Constatado isso através do exame científico, a família vai se manifestar para que seja feito todo esse procedimento de translado dos restos mortais”, informam através de assessoria a Polícia.
Sobre os procedimentos após a identificação, o  representante consular pontuou que tudo depende da causa da morte. 
 
“Precisamos saber o motivo da morte, se foi falta de água ou comida, algo natural. Se foi outra coisa, é importante saber. Ontem à tarde, o ITEP ainda não tinha feito o relatório. Sei que terminaram a necrópsia do corpo, mas normalmente demora três dias para sair. Se for causa natural, o corpo provavelmente vai ser cremado devido ao estado mas depende da família. Nesse caso, vamos intermediar entre eles e uma funerária”, finaliza Rino Bordogna.

Marinha
Em nota oficial, o Comando do 3º Distrito Naval da Marinha do Brasil elucidou os acontecimentos da manhã do sábado passado (7). Ao tomar conhecimento da embarcação, a Marinha iniciou de imediato uma operação de socorro, coordenada pelo Salvamar Nordeste, para apoiar o veleiro que foi rebocado por um barco pesqueiro nas proximidades. “No interior do veleiro rebocado, foi encontrado um corpo não identificado. 
 
O Instituto Técnico-Científico de Perícia e a Polícia Federal foram acionados para a realização dos procedimentos cabíveis”, informaram.
 
O veleiro Mona-Mi F.S., encontra-se apoitado no Iate Clube de Natal, no bairro de Santos Reis, zona Leste da cidade. Edson Fernandes, diretor social do local, confirmou à reportagem que não foi dada uma previsão de quanto tempo a embarcação ficará presa por lá.

Encontrado à deriva por um grupo de pescadores, o veleiro tem parte da proa destruída, bem como mastro e leme quebrados. Segundo uma funcionária do clube, o relato dos pescadores conta que não havia água no veleiro, apenas comida. 
 
O corpo apresentava aspecto esquelético, por isso também especulam que a embarcação devia estar naquele estado por cerca de 30 dias.
 
Da Tribuna do Norte

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