Em apenas seis meses, agricultores e agricultoras familiares que compõem o projeto Algodão Agroecológico Potiguar realizaram as primeiras colheitas. A ação foi lançada oficialmente em 22 de dezembro de 2021, sob a coordenação do Governo do RN, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (SEDRAF) e do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), e já se consolida como um verdadeiro caso de sucesso, demarcando o retorno do chamado “ouro branco” à agricultura familiar do Rio Grande do Norte.
Ao visitar campos de algodão cultivados por algumas dentre as 361 famílias beneficiadas pelo projeto, o titular da SEDRAF e professor licenciado do departamento de Gestão Ambiental da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Alexandre Lima, destacou a magnitude da iniciativa, desenvolvida em regime consorciado a outras culturas, como feijão, milho e gergelim, com técnicas agrícolas de base agroecológica que ajudam a preservar o meio ambiente e potencializam a produção de alimentos saudáveis. “É uma realidade que está transformando vidas no semiárido potiguar”, declarou, na companhia do grupo de mulheres que tem o apoio de duas das organizações envolvidas na iniciativa, Justa Trama e Rede Xique Xique.
Em Baraúna, no assentamento Tiradentes, o gestor atestou que o Projeto Algodão Agroecológico Potiguar mostra a viabilidade técnica, social, ambiental e econômica da retomada do cultivo do algodão no Rio Grande do Norte. O modelo se mostra sustentável e tem garantido a produção da fibra natural sem a infestação de pragas como o bicudo, um dos fatores que dizimou a cultura algodoeira potiguar entre o período considerado seu apogeu, entre os anos 70 e 80, ao declínio, na década de 90.
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