O Brasil transferiu nesta quarta-feira (7), para o Uruguai, 21 blindados de combate – 10 canhões M-108 autopropelidos e mais 11 veículos EE-11 Urutu, de transporte de tropas. Não é uma venda. É uma doação. O mesmo tipo de equipamento está sendo substituído no Exército brasileiro por versões mais modernas e foi repassado ao Exército Nacional do Uruguai no estado em que se encontra, sem ajustes ou adequações.
Os blindados foram desmobilizados das frotas de sete diferentes bases militares do Rio Grande do Sul. Um grupo de 13 instrutores da Força terrestre uruguaia recebeu treinamento no Comando Militar do Sul (CMS) para operar e manter os canhões e os couraçados. A cerimônia de entrega foi realizada no 7.º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Sant’Ana do Livramento (RS).
A transferência ocorre no momento em que o Exército tenta formalizar a compra de 98 blindados 8×8 Centauro II. O contrato, estimado em R$ 5 bilhões, seria assinado há três dias, mas a iniciativa foi suspensa pela Justiça federal, que contesta a oportunidade do negócio.
Poder de fogo
Os canhões M-108 entregues ao Uruguai são americanos, modelos com cerca de 50 anos. Robustos e grandes, os obuses usam munição 105 mm para atingir alvos a 11 km de distância. Pesam 11,5 toneladas. A tripulação de 5 homens conta com poucos recursos eletrônicos. Escolhido ao longo do tempo pelas forças armadas de sete países, o tanque de artilharia usado pesadamente nas guerras do Sudeste Asiático e do Oriente Médio só é adotado no Chile e, agora, no Uruguai.
No Brasil, o obus couraçado principal é o M-109, de 155mm e 27 toneladas. Alcança alvos a 23,5 km com munição convencional. Ou a 40 km, com as granadas especiais Excalibur.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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