O Programa de Aceleração do Crescimento será um marco transformador para o Rio Grande do Norte. São 45,1 bilhões de investimentos públicos e privados em diversas áreas, gerando empregos, renda, impulsionando o desenvolvimento social e econômico.
A governadora Fátima Bezerra destacou, na segunda-feira (14), a importância dos projetos elaborados pelo Governo do RN e incluídos na terceira versão do PAC, lançado sexta-feira da semana passada pelo Governo Federal.
Ao todo são mais de 400 projetos e medidas institucionais no RN agregadas ao PAC envolvendo o governo estadual, prefeituras e iniciativa privada. As propostas vão do saneamento básico nos municípios a investimentos em obras de mobilidade urbana, infraestrutura hídrica e rodoviária, construção de creches, escolas e moradias, inclusão digital e energias renováveis.
Os principais projetos de interesse do governo do Estado estão agrupados em seis eixos. São eles:
*Duplicação da BR-304
*Ramal do Apodi da Transposição
*Projeto Seridó e Barragem Oiticica
*Construção de novo
hospital de Urgências e Emergências em Trauma e Neurocirurgia na Grande
Natal
*Porto-Indústria Verde;
*Minha Casa Minha Vida
*Infovia Potiguar.
A BR-304 é o principal eixo rodoviário do Estado, responsável pela conexão com as principais rodovias estaduais e as demais federais, permitindo acesso às mesorregiões Agreste, Oeste e Central.
“A duplicação da BR-304 vai significar, para o Rio Grande do Norte, o mesmo impulso que a duplicação da BR-101 teve para o Nordeste. Em primeiro lugar, porque vai trazer bem-estar e segurança para quem por ela transita; em segundo lugar, porque a infraestrutura viária é um vetor fundamental para a promoção do desenvolvimento de nosso Estado”, disse a governadora, em entrevista coletiva na segunda-feira (14).
A secretária de Gestão e Projetos Especiais, Virgínia Ferreira, que coordenou as ações do PAC no âmbito do governo do Estado, informou que o maior volume de recursos é destinado ao eixo Educação, Ciência e Tecnologia, onde estão abrigados os projetos de construção de creches e escolas nos municípios, expansão de institutos e universidades federais e reforma e ampliação do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte. São R$ 14,8 bilhões no decorrer de quatro anos, até 2026.
Em relação ao Minha Casa Minha Vida, a nova versão do PAC tem como foco a retomada de obras paradas da faixa 1, destinada a famílias em situação de vulnerabilidade, e o financiamento de novas moradias para as demais faixas de renda. Nesse contexto, o PAC contempla 2.817 unidades em 94 municípios, das quais um 2.586 se referem a obras que estavam paradas e agora serão concluídas e entregues aos beneficiários. Além disso estão previstos os financiamentos de novos projetos habitacionais. Nas versões anteriores do PAC, a partir de 2009, foram contratadas 103.700 unidades habitacionais no Rio Grande do Norte.
Paralelo a isso, tramita no Ministério das Cidades o projeto do Governo do RN para a contratação de 2.800 unidades habitacionais através do Fundo de Arrendamento Familiar. As moradias são voltadas para famílias com renda per capita de até meio salário mínimo. O programa será coordenado pela Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento (Cehab).
Energias de fontes renováveis
O PAC-3 também prevê a construção das linhas de alta tensão (linhões) para o escoamento da produção de energia elétrica e instalação de novos parques eólicos e fotovoltaicos, essenciais para ampliação do Luz para Todos. Com 252 parques eólicos e 18 plantas fotovoltaicas em funcionamento, o RN produz 8,3 GW de energia oriunda de fontes renováveis. Tem 83 projetos eólicos e 194 solares contratados e se prepara para a exploração offshore. As linhas, que já foram alvo de tratativas da governadora com o ministro das Minas e Energia, são fundamentais para atrair novos investimentos.
A Parceria Público Privada (PPP) do Porto-Indústria Verde, essencial para consolidar o projeto de produção de hidrogênio verde (o combustível do futuro), está inserida no Programa de Aceleração do Crescimento. O governo vai bancar o estudo de viabilidade para construção do equipamento, em Caiçara do Norte. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, 12 empresas já manifestaram interesse de participar do megaprojeto do porto.
Rodovias estaduais
Sobre a situação das rodovias estaduais, a governadora disse que estão sendo retomadas as tratativas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para assinatura da adesão do RN ao Programa de Equilíbrio Fiscal e, com isso, ter acesso a empréstimo para recuperação das rodovias sob responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). “Será o maior investimento em melhorias de estradas no Rio Grande do Norte. Este é o nosso compromisso, pelo qual estamos totalmente empenhados", assegurou a governadora.
Fátima também aproveitou a solenidade para anunciar a vinda dos ministros da Educação; Transportes; e Desenvolvimento Regional a Natal nos próximos dias. Camilo Santana (Educação) vem lançar o programa Criança Alfabetizada; Renan Filho, vai assinar ordem de serviço para melhoria da malha rodoviária federal e Waldez Góes, sobre obras na área hídricas.
"O que nos cabe agora é, cada vez mais, planejamento, muito foco, muita determinação, para que possamos aproveitar essa oportunidade histórica que o Rio Grande do Norte está tendo”, reforçou a governadora.
OBRAS PRIORITÁRIAS
Duplicação da BR-304
Construída na década de 1960, a BR-304 tem 391 quilômetros de extensão,
de Natal/RN a Beberibe/CE. Dos 289 km em território potiguar, só o
trecho entre Parnamirim e Macaíba está duplicado. Outro trecho, de
Macaíba ao entroncamento com a BR-226, encontra-se em fase final de
duplicação, totalizando 37 quilômetros. A duplicação e adequação de
capacidade da rodovia federal, que corta o Estado de Leste a Oeste,
ligando o Litoral ao Sertão, integrou a lista de prioridades
emergenciais que a governadora Fátima Bezerra levou a Brasília em março,
quando o PAC ainda estava em gestação. O investimento previsto é de R$ 3
bilhões.
Barragem de Oiticica
As obras do Complexo Oiticica, que incluem a barragem, a comunidade Nova
Barra de Santana e as agrovilas foram iniciadas em 2013. A comunidade e
uma das agrovilas já foram entregues. Faltam duas outras vilas para
abrigar as famílias que estão na área inundável, a construção da estrada
de acesso e o fechamento da parede da barragem. Quando estiver
concluída, Oiticica terá capacidade para 590 milhões de metros cúbicos
de água doce. Será a terceira maior do RN, atrás apenas da Armando
Ribeiro e da Barragem Santa Cruz, em Apodi.
Ramal do Apodi
Trecho final do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São
Francisco, o Ramal do Apodi terá um total de 115,3 quilômetros de
extensão. Vai levar água da transposição a 54 municípios nos estados do
Rio Grande do Norte (32), Paraíba (13) e Ceará (9), beneficiando 750 mil
pessoas e garantindo a segurança hídrica da região pelos próximos 50
anos.
Hospital de Traumas
A proposta do Hospital de Trauma do Estado objetiva atender demandas de
média e alta complexidade hospitalar e ambulatorial, da linha de
traumato ortopedia e neurocirurgia, com cerca de 350 leitos de Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) geral adulto, pediátrica, clínicos e
cirúrgicos (adulto e pediátrico). A previsão de investimento é de R$ 190
milhões.
Infovia Potiguar
É uma rede de dados estadual de alta capacidade, construída com fibras
ópticas para atender às demandas da população. A conectividade de alta
velocidade é fundamental para o setor educacional, e isso ficou
comprovado durante a pandemia da Covid-19. Ela permite o acesso a
conteúdo educacional online, recursos de pesquisa, plataformas de
aprendizagem virtual e comunicação entre estudantes e professores. O
projeto prevê a conexão de 2.760 escolas públicas à internet de alta
velocidade, implantação do 5G em todos os municípios, além da construção
de infovia estadual com 900 km de extensão.
Porto-Indústria Verde
Projeto de desenvolvimento sustentável com promoção da ampliação da
matriz energética sustentada na oferta de energias renováveis. O
porto-indústria verde é essencial à viabilidade de projetos para
exploração de energia eólica offshore (no mar) e a exportação de
diversos outros produtos, como o hidrogênio verde. A transição
energética é uma agenda irreversível. A alta capacidade de produção de
energias renováveis no Rio Grande do Norte promoverá a valorização de
cadeias produtivas sustentáveis, garantindo o crescimento da economia em
todo o Nordeste.
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