terça-feira, 22 de agosto de 2023

Potiguar perde 22 passagens que comprou para família e amigos na 123 Milhas: ‘Estamos bem abalados’

 

Annay Katarinne em Salvador. Ela era cliente frequente do 123 Milhas | Foto: Arquivo pessoal

A diretora administrativa potiguar Annay Katarinne Ventura, de 32 anos, perdeu 22 passagens que havia comprado para ela, família e amigos em uma viagem de Natal para Porto Alegre, pela 123 Milhas, que ocorreria no mês de dezembro.

A agência de viagens anunciou na sexta-feira (18) a suspensão dos pacotes e emissão de passagens da linha promocional, a “Promo”, de setembro a dezembro deste ano.

O objetivo de Annay, da família e dos amigos era ver o Natal Luz, em Gramado, distante cerca de 100 km de Porto Alegre. Por isso, as passagens são para ida no dia 10 de dezembro e volta no dia 18 para Natal.

Cada um pagou a própria passagem, mas ela as reuniu na própria conta por ser uma cliente mais frequente da agência de viagens. O pacote para cada pessoa estava por R$ 199.

“Essa notícia de sexta-feira nos pegou de surpresa, estamos bem abalados”, lamentou a diretora administrativa.

Ela conta que já foi ao Natal Luz e que – por ser cliente frequente do 123 Milhas – convenceu irmão, primos e amigos a viajarem com toda a família para o evento quando viu o pacote promocional. A intenção era reunir todos durante esse período de férias.

“Eu estou com o peso dessa responsabilidade, porque induzi elas a confiarem na empresa. Me dispus até a, caso a questão não seja resolvida, cobrir o prejuízo de todo mundo”, lamentou.

A maior preocupação, segundo ela, é com as crianças (são 5, todo), que vivem uma expectativa ainda maior pela viagem. “Tem uma que pergunta todo dia quantos dias faltam para viajar. A gente, como adulto, consegue lidar com isso, resolver a parte jurídica, mas as crianças criam uma expectativa que é mais complicada”, disse.

Annay cita ainda a programação que uma viagem dessa exige, desde a conciliação de férias, até a compra de roupas de frio, por exemplo.

“Já tinham se programado para conseguir aquele mês de férias, já tinham pago hospedagem, pacote de alimentação. Além disso, tinham comprado roupas de frio, porque não usamos por aqui, então não temos”, pontuou.

Ela disse que neste ano já viajou duas vezes pelo 123 Milhas e que já tinha feito outras viagens pela agência. Annay disse que acionou a Justiça e que abre mão de outros direitos, como danos morais, por exemplo – apenas quer o que lhe foi prometido. Para o ano que vem, havia comprado uma passagem para Paris, que também não está mais garantida pela empresa.

g1-RN, por Leonardo Erys

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