A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) desenvolveram um novo dispositivo médico capaz de qualificar o diagnóstico da osteoporose de maneira precoce, promovendo uma melhor regulação no acesso aos serviços de saúde disponíveis apenas na rede especializada. O equipamento também tem grande impacto na qualidade de vida dos pacientes, com a redução de fraturas e gastos com internações, cirurgias e outros procedimentos.
Trata-se do Osseus, uma solução tecnológica de baixo custo, aplicada na Atenção Primária à Saúde (APS) e que pode ser utilizada em todo o território brasileiro. Por atender aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial, a tecnologia foi protegida por meio de um depósito de pedido de patente no mês de setembro. Agnaldo Souza Cruz, cientista vinculado ao Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), pontua que o dispositivo tem, entre suas facilidades, fácil operação, o fato de não ser invasivo, portabilidade e baixo custo. Assim pode, por exemplo, ser empregado em intervalos de tempo menores pela ausência de efeito colateral para os pacientes, situação que o diferencia de métodos tradicionais, propiciando um monitoramento mais constante e, não bastasse isso, reduzindo filas de espera do exame de absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA).
“O dispositivo já está pronto para ser industrializado e os estudos agora são de aprimoramento na plataforma tecnológica e sua inserção no Telediagnóstico. Estamos constituindo, inclusive, uma startup para pedirmos o licenciamento da tecnologia e disponibilizá-la o mais breve possível para população”, destaca o pesquisador. No ano passado, um protótipo foi entregue para ser usado de forma pioneira em Messias Targino, município distante 305 quilômetros de Natal. Como há meses não se via, há aviso de temporal com sinal de perigo para a região Nordeste. Mais especificamente para a região da Bahia. Também tem sinal de alerta entre Tocantins e Amazonas.
O diagnóstico de osteoporose reveste-se hoje de importância singular, visto que cerca de 20% da população mundial tem a doença, cuja característica principal é a perda progressiva de massa óssea. Devido à fragilidade dos ossos, uma das consequências é a ocorrência de fraturas, mas não só isso: depressão, deformidade, perda da independência e aumento da mortalidade também são efeitos. De acordo com o estudo, que foi publicado na PubMed, o custo anual de hospitalização por fraturas causadas pela doença é de R$ 19,8 bilhões. Esse valor é maior que o custo de infarto (R$ 16,7 bilhões), derrames (R$ 11,7 bilhões) e câncer de mama (R$ 1,9 bilhões).
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