Um mês após o assassinato da advogada Brenda dos Santos Oliveira, 26 anos, e seu cliente Janielson Nunes de Lima, 25, no município potiguar de Santo Antônio, a investigação do caso foi transferida para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O crime aconteceu na tarde do último dia 30 de janeiro. Brenda e Janielson saiam da delegacia do município quando foram interceptados por quatro indivíduos em um veículo. Os criminosos efetuaram disparos contra a advogada e o cliente, que morreram ainda no local.
Após os disparos, o carro em que as vítimas estavam também colidiu com um ônibus durante a ação. A mãe, a irmã e uma amiga de Janielson, que estavam no veículo, sofreram lesões leves e foram socorridas.
Janielson era investigado como suspeito do assassinato de João Victor Bento da Costa, 18 anos, crime que aconteceu durante uma vaquejada ocorrida dias antes. No dia 29 de janeiro, ele prestou depoimento na delegacia, mas foi intimado a retornar para novos esclarecimentos no dia seguinte.
No dia seguinte, Janielson foi interrogado com a presença da advogada Brenda e, ao final, foi liberado. Logo após isso, os dois foram assassinados.
A portaria transferindo a investigação da Delegacia de Santo Antônio para a DHPP foi publicada no dia 26 de fevereiro. A medida é justificada pelo “melhor aparato nas esferas de logística e de inteligência policial” da divisão de homicídios. A portaria foi assinada pelo delegado-geral adjunto Herlânio Pereira Cruz. A investigação segue em sigilo.
OAB/RN pede celeridade nas investigações
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio Grande do Norte (OAB/RN), Aldo Medeiros, pede maior celeridade nas investigações do assassinato da advogada Brenda dos Santos Oliveira e seu cliente Janielson Nunes de Lima.
Segundo ele, a OAB/RN tomou medidas imediatas para garantir apuração rigorosa do caso. O presidente da Comissão da Advocacia Criminalista, Anesiano Ramos, tem acompanhado de perto o progresso da investigação em conjunto com as autoridades policiais.
“Acompanhamos [a investigação] através do presidente da Comissão da Advocacia Criminalista, Anesiano Ramos. A polícia vem informando que a investigação está em bom andamento e há expectativa de esclarecimento pleno. Entretanto, decorrido um mês do fato, entendemos que a apuração não está tendo a devida prioridade e estamos procurando novamente as autoridades, inclusive, por meio do Conselho Federal da OAB vamos mobilizar do Ministério da Justiça um reforço nesse trabalho que tem demonstrado não estar em um ritmo adequado”, encerrou Aldo Medeiros.
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