terça-feira, 30 de abril de 2024

Garçom mata vereador a facadas em restaurante no Ceará

 Faca utilizada no crime foi localizada com o suspeito pela polícia

Um garçom, de 34 anos, esfaqueou três pessoas em um restaurante de Camocim, interior do Ceará, no domingo, 28. Uma das vítimas, o vereador Cesar Araújo Veras (PDT), de 51 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu após o ataque. Outras duas pessoas também foram atingidas e encaminhadas a hospitais da região, o estado de saúde não foi divulgado.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, o vereador chegou ao local momentos antes de ser atingido. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o parlamentar se senta à mesa e na sequência é golpeado no pescoço. O garçom se dirige para outro ponto do restaurante e desfere golpes contra as outras vítimas, dois homens de 55 e 56 anos. Um tumulto se forma entre os clientes do estabelecimento e o suspeito foge do local com a faca em mãos.

O homem foi localizado por equipes da Polícia Militar e Polícia Civil que identificaram e prenderam o suspeito em flagrante com a arma utilizada no crime na saída da cidade. Após a prisão, o homem foi conduzido para a Delegacia Regional de Sobral, unidade plantonista da Polícia Civil na região, onde foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil e sem chance de defesa e duas tentativas de homicídio qualificado.

A Delegacia Regional de Sobral está conduzindo investigações para identificar as motivações do crime, o homem permanece à disposição da Justiça.

Em nota divulgada nas redes social, a Câmara Municipal de Camocim lamentou o ocorrido e decretou luto oficial de três dias. O velório do parlamentar, aberto ao público, está acontecendo na Quadra do Instituto São José, o sepultamento será às 17h, no Cemitério São José.

'Não tem nada que possa apontar o motivo', diz delegado sobre assassinato de vereador em Camocim.

Passadas 24 horas do assassinato do vereador por Camocim, César Veras (PSB), o diretor de Polícia Judiciária do Interior Norte, da Polícia Civil do Ceará (PCCE), Marcos Aurélio Elias de França, afirmou, em entrevista ao Diário do Nordeste, que "ainda não tem absolutamente nada que possa apontar qualquer motivo para ele (suspeito) fazer isso"."Nós temos autoria e materialidade bem definidas, mas a motivação ainda é prematura falar. Ouvimos pessoas pela manhã de hoje, inclusive colegas de trabalho do suspeito. Ele trabalhava no restaurante há 13 anos. Ainda não tem absolutamente nada que possa apontar qualquer motivo para ele (suspeito) fazer isso", revela o diretor de Polícia Judiciária do Interior Norte.

Conforme Marcos Aurélio, as primeiras testemunhas não apontaram desentendimentos, brigas ou motivos para vingança entre suspeito e vítima. "O inquérito está começando agora, temos 30 dias, que são prorrogáveis por mais 30. As fontes socorridas ainda vão ser ouvidas, quando tiverem condições de saúde", apontou o delegado. 

Ao ser detido por policiais militares, Antônio Charlan Rocha Souza teria dito que "estava sendo perseguido por colegas de trabalho e clientes", segundo o investigador. Entretanto, em depoimento à Polícia Civil, o garçom falou que não lembrava o que aconteceu no restaurante. Ele não tinha histórico criminal.

O garçom teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, durante audiência de custódia realizada, nesta segunda-feira (29), no 5º Núcleo Regional de Custódia e de Inquérito com sede em Sobral.

Câmeras flagraram ação criminosa

Imagens de câmeras de segurança mostram a ação do garçom que matou o vereador por Camocim César Veras, em um restaurante da cidade. No vídeo, é possível ver o parlamentar sentando em uma mesa, numa área ao centro do estabelecimento, junto da filha.

Momentos após sentar-se, o político é atendido por um dos garçons, que se aproxima da mesa com o que parece ser um cardápio. Enquanto isso, outro funcionário, que estava numa parte ao fundo da imagem, vai até ele, por trás, e dá um golpe de faca no pescoço.

O autor da facada rapidamente vai em direção à outra mesa, onde estava sentado o dono do restaurante, Euclides Oliveira, e também o agride com a arma branca. Há uma correria entre os clientes, e o suspeito acerta um terceiro homem, antes de fugir.

 

 

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