Conversas interceptadas pela Polícia Federal, durante a operação "Território Livre", sugerem que a primeira-dama de João Pessoa (PB) — presa no sábado (28) — era responsável por incluir gratificações de pessoas supostamente ligadas à facção criminosa. A informação foi divulgada pelo colunista Carlos Madeiro, do portal Uol.A conclusão consta em relatório produzido após análise de diálogos mantidos por um conselheiro tutelar ligado à facção Nova Okaida, no bairro São José, na periferia da capital da Paraíba.
A primeira-dama está sendo investigada em um suposto acordo entre a organização criminosa e a Prefeitura de João Pessoa para apoio nas eleições.
O relatório ainda pontua que, "nos diálogos apresentados pelos interlocutores, Lauremília Lucena parece ser a pessoa de interlocução e decisão quando o assunto é resolução de demandas relacionadas aos cargos e contratações de pessoal da Secretaria de Ciência e Tecnologia".
Suspeita de indicações para cargo na prefeitura
A primeira-dama de João Pessoa (PB), Maria Lauremília Assis de Lucena, foi presa por ser alvo de mandado de prisão na terceira fase da "Operação Território Livre", que investiga crimes de aliciamento violento de eleitores. Marido de Lauremília, o prefeito Cícero Lucena (PP) é candidato à reeleição.
Segundo informações do Uol, a PF aponta que a primeira-dama é suspeita de indicações para cargo na prefeitura em troca facilidade de acesso a comunidades da cidade.
A investigação destaca que a primeira-dama teria contatos com pessoas ligadas ao crime organizado e que têm controle de bairros periféricos da capital paraibana.
Nas redes sociais, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, publicou uma nota em que afirma ter sido "alvo de mais um ataque covarde e brutal" que teria sido "ardilosamente arquitetado" por adversários políticos. "Trata-se de uma prisão política", afirma a nota do gestor.
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