terça-feira, 5 de novembro de 2024

FAB usa novos caças F-39 Gripen em exercício militar com participação de 16 países em Natal

Caças F-39 Gripen serão usados no maior exercício de guerra da América Latina em Natal — Foto: Inter TV Cabugi

Caças F-39 Gripen serão usados no maior exercício de guerra da América Latina em Natal — Foto: Inter TV Cabugi

 A movimentação foi intensa, durante o fim de semana, na Base Aérea de Natal (Bant), no Rio Grande do Norte, com a chegada de pessoas e equipamentos para o Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex). Mais de 3,6 mil militares de 16 países e 100 aviões participam do treinamento de guerra, que começou no domingo (3) e segue até o próximo dia 15 de novembro. 

O evento marca o primeiro grande exercício com o uso dos caças F-39 Gripen adquiridos pela Força Aérea Brasileira (FAB), aeronaves que podem alcançar velocidade de 2,4 mil km/h. Sete aviões do modelo estão em Natal. Outros caças como o F-5EM, A-1, A-29B e os aviões de transporte C-105/SC-105 Amazonas, KC-390 Millennium, E-99M e helicóptero H-36 Caracal da FAB, além do A4 da Marinha do Brasil (MB), também são envolvidos na operação.

Cruzex

Segundo a FAB, o exercício multinacional é organizado desde 2002, está na 8ª edição, e visa o treinamento conjunto em cenários de conflito, promovendo a troca de experiências entre os países participantes. É o maior evento do tipo na América Latina.

Participam do evento os esquadrões de voo de outros sete países: Argentina, com as aeronaves IA-63 Pampa e KC-130H; do Chile, com o KC-135 e F-16; da Colômbia, com KC-767; dos Estados Unidos, com F-15 e KC-46 (767); do Paraguai, com AT-27 e C-212; do Peru, com KT-1P e KC-130; e de Portugal, com KC-390.

Militares do Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Peru também participaram da execução de tarefas espaciais e cibernéticas. Além desses países, África do Sul, Alemanha, Canadá, Equador, França, Itália, Suécia e Uruguai enviaram militares observadores.

Exercício simula ambiente de guerra

O Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende explicou que o exercício simula um ambiente de guerra convencional, onde uma coalisão de países atua de forma conjunta para garantir a soberania de uma nação.

"Nós desenvolvemos ações de força aérea, diversas ações de escolta, varredura, patrulha aérea de combate, sempre focado no emprego do poder aéreo para que a gente possa mudar esse cenário, tratando de espaço aéreo, para que outras ações no terreno possam acontecer", explicou.

Segundo o comandante da Base Aérea de Natal, a expectativa é que sejam registradas 1.400 horas de voo ao longo do período da Cruzex 2024. De acordo com ele, a base potiguar, que foi usada pelos Estados Unidos durante a 2ª Guerra Mundial, apresenta condições favoráveis para as atividades militares.

"Natal tem uma condição de infraestrutura aeronáutica perfeita para que possamos realizar este exercício, além das condições geográficas, volume de tráfego aéreo e outras características que fazem desta cidade, desta Base Aérea, um espaço ideal para que possamos desenvolver nosso exercício. Meteorologia, condições da nossa pista de pouso, aeródromos de alternativa ao nosso redor e tantas outras características que fazem daqui o local perfeito para desenvolvermos nosso exercício", afirmou o comandante.

G1RN

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