A
Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento da Polícia Civil
do Distrito Federal (PCDF), criada do final de novembro em resposta ao
atentado na Praça dos Três Poderes, realizou sua primeira prisão no
domingo, 29. A operação deste fim de semana deteve um homem que anunciou
em perfil pessoal nas redes sociais que iria a Brasília realizar
ataques violentos.
Segundo
informações da Polícia Civil, a operação começou já no sábado, 28, após
o recebimento de uma denúncia anônima apontando que esse homem, de 30
anos e morador de Fortaleza (CE), fez publicações nas redes sociais
anunciando intenções violentas na capital federal.
Nas
postagens, ele escreveu que, para o que pretendia, seria necessário que
as autoridades aumentassem a segurança de Brasília “em 100 vezes” e
iria “terminar a missão” para então partir para “os céus”.
A
polícia passou a monitorar as redes sociais do suspeito até prendê-lo,
neste domingo. Ele foi encontrado na Bahia pegando carona em um caminhão
que seguia rumo à capital federal, em uma operação que contou com o
suporte estratégico da Divisão de Operações Aéreas da Polícia Civil do
Distrito Federal.
O
preso agora está sob custódia e à disposição da Justiça enquanto as
investigações continuam. A reportagem não localizou advogados ou
representantes do suspeito.
Essa
é a quarta investigação conduzida pela Divisão de Combate ao Extremismo
Violento da PCDF em pouco menos de um mês de trabalho e a primeira
prisão efetuada. O grupo foi criado por decreto do governador do
Distrito Federal, Ibaneis Rocha, no dia 21 de novembro, em resposta ao
ataque realizado oito dias antes por Francisco Wanderley Luiz, conhecido
como Tiü França, na frente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois
de lançar bombas contra a sede do Poder Judiciário, Francisco Luiz
acabou morrendo após acionar um dos próprios explosivos. O autor do
ataque anunciou suas intenções violentas em publicações em seu perfil
nas redes sociais e, horas antes, visitou a Câmara dos Deputados. Ele
também deixou bombas em um carro estacionado em um dos anexos da Casa.
“Temos
que aperfeiçoar nossos instrumentos de segurança diante desse novo
momento de radicalismo”, disse o governador ao Estadão, neste domingo.
Um
outro incidente ocorrido neste sábado, 28, chamou a atenção em
Brasília. Um homem passou pelo Quartel do Comando Geral da Polícia
Militar (PMDF) dizendo que estava com explosivos e ameaçando detoná-los
contra as sedes do Comando da PM e da Polícia Federal (PF). Ele foi
preso. Não foram encontrados explosivos nem com o suspeito nem no carro
que ele usava.
Policiais
que acompanharam o caso afirmam que o homem aparentava estar em surto
psicótico e, por isso, foi encaminhado a um hospital psiquiátrico. As
autoridades descartam relação entre os dois casos.
Estadão Conteúdo
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