segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Implosão com mais de 200 kg de explosivos derruba resto da ponte que caiu entre Maranhão e Tocantins

Aconteceu neste domingo (2) a implosão da última parte da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, na BR-226, responsável por ligar os estados de Tocantins e Maranhão. 

A estrutura ganhou repercussão nacional após desabar em 22 de dezembro de 2024, deixando mortos, feridos e desaparecidos. Dez veículos, entre carros, motos, caminhonetes e carretas, estavam no momento em que ela caiu.

O procedimento da parte final da demolição ocorreu às 14h e durou apenas 15 segundos

O concreto caído às margens do Rio Tocantins será retirado por máquinas. Para facilitar o acesso, o solo abaixo da ponte passou por terraplanagem.

Toda uma preparação foi necessária para o momento. Durante a semana, 50 imóveis foram desocupados em Aguiarnópolis (TO), e 150 casas tiveram que ser evacuadas temporariamente em Estreito (MA), até a finalização da implosão. 

Prefeitura e Defesa Civil fizeram as orientações e deram apoio na ação.O material, com 200kg de explosivos, foi posicionado estrategicamente para causar "fraturas" no concreto e provocar o desmonte da estrutura da ponte. 

Técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) monitoraram o processo. Foi utilizada a técnica de calor intenso e explosivos, conforme informações do g1.

Como aconteceu o desabamento em 2024

Foi na tarde do último dia 22 de dezembro que o vão central da ponte JK cedeu. O acontecimento era esperado. Condições da estrutura já eram motivo de reclamação de autoridades e moradores tanto de Aguiarnópolis como de Estreito. 

Do lado tocantinense, o vereador Elias Júnior (Republicanos) estava fazendo um vídeo para denunciar a situação da ponte no momento em que ela cedeu. 

Uma vez tendo sido abertas fendas na estrutura que não desabou, carros e caminhões acabaram ficando presos na estrutura. 

Apenas quando o acidente completou um mês, em 22 de janeiro, os veículos começaram a ser retirados. 

Um dos proprietários chegou a conseguir uma liminar na Justiça Federal para conseguir reaver o carro que ficou atravessado em um dos buracos da ponte.

Vítimas

Entre os veículos que caíram no rio, estavam carretas carregadas de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico. As cargas perigosas poderiam causar um desastre ambiental, mas os frascos não chegaram a se romper.

Quanto às vítimas, foram 18. Desse número, o único sobrevivente foi Jairo Silva Rodrigues. Ele foi encontrado ferido no rio logo após o colapso da estrutura. Além dele, os corpos de outras 14 pessoas foram localizados.
Até este domingo ainda há três pessoas desaparecidas. Eles são Salmon Alves Santos, 65 anos, e o neto, Felipe Giuvannuci, de 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário