A Justiça Estadual manteve a prisão preventiva de 18 acusados de integrar a facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que participavam de grupos na rede social WhatsApp pertencentes à organização criminosa, intitulados de "Família Unida" e "Sintonia de Boavig". O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou 49 pessoas por participarem dos grupos.
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) chegou à organização criminosa após a prisão de Marcos Vinícius Pereira da Silva, conhecido como 'Faixa Preta', em 2024, e a extração de dados do aparelho celular do suspeito, a partir de autorização judicial.
O grupo 'Sintonia de Boavig', conforme a denúncia, "é composto por indivíduos que ocupam diversas funções no âmbito da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), com a finalidade de acompanhar as movimentações ilícitas perpetradas pela ORCRIM na cidade de Boa Viagem/CE".
Já o grupo 'Família Unida' "é constituído por múltiplos membros da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que exercem diferentes papéis em várias cidades onde a mencionada facção atua". Entre os participantes, estão membros da facção que atuam em Fortaleza e Sobral, por exemplo.
Segundo a denúncia do MPCE, apresentada à Justiça no dia 18 de setembro de 2024 e recebida no dia 14 de outubro seguinte, os grupos tinham mensagens sobre "comunicados, 'decretos', o estatuto da facção criminosa e 'salves' proferidos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), mencionando, inclusive, membros nacionalmente conhecidos da organização, como 'Marcola'".
"Marcola' é o apelido de Marcos Willians Herbas Camacho, líder máximo do PCC no Brasil. O irmão dele, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, conhecido como 'Marcolinha', já morou no Ceará. A dupla está presa em um presídio federal de segurança máxima, enquanto familiares de 'Marcolinha' são acusados de praticar lavagem de dinheiro com o jogo do bicho, em território cearense.
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