Segundo
o motorista, a família voltava de uma festa junina no distrito Dom
Marcolino Dantas pela RN-064, quando uma caminhonete no sentido
contrário tentou colidir com o carro dele. Carlos Henrique disse que
desviou para a esquerda e então os ocupantes da caminhonete começaram a
atirar contra o carro da família.
“Ao
descer a ladeira da baixa do Riachão, se aproximou de uma camioneta
Hilux branca e com os faróis alto. Eu dei três vezes sinal para ele
baixar, os faróis do carro ele não baixou. Ao ver que ele ia colidir
comigo, a minha esposa gritou: ‘Vão bater, vão bater’. Quando eu fui
desviar, eles já desceram metralhando meu carro”, disse Carlos Henrique.
De
acordo com Carlos Henrique, o tiro atingiu a cabeça da nora dele,
atravessou, passou de raspão pelas costas dele e atingiu o parabrisa do
carro. Maria Bruna não resistiu.
“Eles
vieram como se quisessem colidir comigo frente. E numa colisão, você
procura se defender. Que você não sabe se é uma pessoa que vem bêbado,
embriagado. Ninguém vai sonhar que é um assalto. É o segundo, é um
piscar de olho. E foi no piscar de olho que a bala atingiu minha nora e
foi fatal”, disse.
O homem ainda disse que Maria Bruna era como uma filha para ele. “Eu perdi uma nora e uma filha”, lamentou.
A
família prestou depoimento à Polícia Civil que investiga o caso. O
carro também passou uma perícia do Instituto Técnico-Científico de
Perícia (Itep).
Investigação
Em
nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte classificou o caso
inicialmente como latrocínio e informou que o crime é investigado pela
Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Ceará-Mirim.
Ainda
de acordo com a Polícia, os relatos colhidos com as testemunhas apontam
que três indivíduos desceram do veículo, dois deles portando armas
longas, e passaram a efetuar disparos contra o automóvel das vítimas.
“Ao
perceberem que Maria havia sido baleada, os familiares seguiram até o
hospital da cidade, onde foi confirmado o óbito”, informou a corporação.
“A
investigação segue em andamento na busca por elementos que possam
identificar os autores e esclarecer a motivação do crime”, conclui a
nota.
Em
nota, a prefeitura de Ceará-Mirim manifestou “profundo pesar e
solidariedade à família e amigos de Maria Bruna, jovem ceareamirinense,
nascida em 1997, que teve sua vida interrompida de forma trágica”.
A
nota citou que a jovem era filha de ministros da eucaristia da
comunidade de São Geraldo. O município tratou a família como “muito
querida e respeitada por todos”.
“Neste
momento de dor, nos unimos em oração e solidariedade, pedindo a Deus
que conceda força aos seus familiares e que Maria Bruna descanse em
paz”, informou o município.
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