terça-feira, 12 de agosto de 2025

Vacina experimental avança contra câncer de pâncreas e colorretal


Vacina ELI-002 2P mostrou aumento da sobrevida e retardou retorno de câncer de pâncreas e colorretal em estudo inicial.
Foto: Reprodução/Freepik

Uma nova vacina experimental, chamada ELI-002 2P, apresenta resultados promissores no combate ao câncer de pâncreas e colorretal, dois dos tipos mais letais da doença. O estudo inicial, publicado nesta segunda-feira (11) na revista Nature Medicine, mostrou que o imunizante prolonga a sobrevida e atrasa a recidiva em parte dos pacientes.

A ELI-002 2P age treinando o sistema imunológico para reconhecer mutações no gene KRAS, presente na maioria dos tumores de pâncreas e em muitos casos de câncer colorretal. Ao estimular o sistema de defesa, a vacina prepara o organismo para atacar células tumorais que contenham essa alteração genética.

Diferente de vacinas personalizadas, a ELI-002 2P é produzida em escala e pode ser armazenada, facilitando seu uso em diversos pacientes.

Resultados do estudo

Dos 25 pacientes que participaram da fase 1 do estudo, 68% desenvolveram forte resposta imune contra o KRAS. Aqueles com respostas mais intensas das células T tiveram maior sobrevida e tempo livre da doença.

No grupo com câncer de pâncreas, a sobrevida média alcançou 29 meses, com mais de 15 meses sem recorrência, números superiores ao tratamento convencional.

Além disso, alguns pacientes responderam a mutações do KRAS não incluídas na vacina, sugerindo um efeito ampliado do imunizante.

Próximos passos

O oncologista Zev Wainberg, líder da pesquisa na Universidade da Califórnia, destaca que a vacina pode prevenir recaídas, especialmente no câncer de pâncreas, que tem alta taxa de recidiva.

A próxima etapa será um estudo de fase 2, maior e controlado, para confirmar os resultados e comparar a vacina com outras terapias.

Entenda a recidiva

A recidiva é o retorno do câncer após remissão, causada por micro metástases não detectadas inicialmente. Pode ocorrer no local original, em áreas próximas ou em partes distantes do corpo.

A detecção da recidiva ocorre em consultas periódicas, com exames de imagem como tomografia e PET-scan, essenciais para o acompanhamento dos pacientes.

Com informações do SBT News

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