Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O ministro Alexandre de Moraes determinou a perda imediata do mandato de Carla Zambelli (PL-SP) e ordenou que a Câmara dê posse ao suplente em até 48 horas. A decisão coloca o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), sob forte pressão, já que o plenário havia decidido pela permanência da deputada, apesar de a Primeira Turma do STF ter comunicado a cassação desde junho.
A Câmara tentou prolongar o processo ao enviar o caso para a CCJ, que aprovou a perda do mandato. No plenário, no entanto, o placar de 227 votos pela cassação e 170 contra não atingiu a maioria absoluta necessária, revertendo a decisão. Mas a comemoração da oposição durou pouco: poucas horas depois, Moraes endureceu o tom e determinou a execução imediata da sentença.
Mesmo sem a ordem do STF desta quinta-feira (11), a permanência de Zambelli já era considerada insustentável. Presa na Itália e com risco de extradição, ela acumula faltas, o que também pode resultar em perda de mandato segundo a Constituição. Com isso, quem deve assumir é o suplente Adilson Barroso (PL-SP), que recebeu mais de 62 mil votos em 2022.
A situação reacende um precedente: em 2018, a Mesa Diretora da Câmara cassou o mandato de Paulo Maluf após decisão do STF, sem levar o caso ao plenário. Zambelli foi condenada junto ao hacker Walter Delgatti por invasão ao sistema do CNJ, além de responder por porte ilegal de arma. Após a primeira condenação, fugiu para a Itália, onde acabou presa em julho deste ano.
Com informações da CNN
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