Congresso reembolsa qualquer despesa de ex-senadores, ex-deputados e
seus dependentes; gastos com dentista têm limite de R$ 25 mil por ano
A
aposentadoria de mais de R$ 16 mil por mês a que 892 ex-deputados e
senadores têm direito é um modesto benefício se comparado ao plano de
saúde que os parlamentares herdam depois de assinar a ficha de adesão
ao Plano de Seguridade Social dos Congressistas. Enquanto um
trabalhador com mais de 59 anos teria que gastar pelo menos R$ 4.000
por mês para ter o melhor que os planos privados oferecem, por R$ 200
parlamentares aposentados têm atendimento médico ilimitado, com
reembolso até mesmo de consultas e tratamentos fora do país. Apenas os
tratamentos odontológicos e psicológicos são limitados a R$ 25 mil por
ano. E sabe quem paga por tudo isso? Você.
Diferentemente dos servidores que têm plano de saúde reduzido a
alguns procedimentos médicos, os parlamentares e seus dependentes podem
fazer qualquer cirurgia e qualquer tratamento por conta da Câmara e
Senado, para sempre. Os mais de 1.800 dependentes de deputados e
senadores - mulher e filhos até 24 anos - ajudam a onerar as despesas
do Congresso com saúde.
Só este ano já foram pagos R$ 48,5 milhões em assistência médica e
odontológica na Câmara e R$ 27,2 milhões no Senado, de acordo com
levantamento feito pelo gabinete do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) no
Siafi (Sistema Financeiro Integrado, que permite acompanhar os gastos
públicos) a pedido do R7. A previsão de gastos para o
ano nas duas Casas é de R$ 116 milhões. Em aposentadorias, revela a
pesquisa no Siafi, Câmara e Senado gastam R$ 90,3 milhões.
fonte:Josie Jeronimo, do R7 em Brasília
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