Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar do crescimento, a frota brasileira (automóveis,
veículos comerciais leves, ônibus, caminhões e motocicletas) tem
emitido menos gases poluentes nos últimos 18 anos. O nível de monóxido
de carbono, por exemplo, que era de 5,5 milhões de toneladas caiu para
2 milhões de toneladas em 2008. Os números são do 1º Inventário
Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários,
lançado hoje (25) no Rio de Janeiro.
De acordo com o levantamento, os 36 milhões de veículos da frota
brasileira são responsáveis por 90% das emissões de gases poluentes e
de efeito estufa. No entanto, de acordo com o governo, o impacto tem
sido reduzido desde a implantação do Programa de Controle da Poluição
por Veículos (Proconve), em 1986.
Antes do Proconve, os carros podiam emitir até 58 gramas de poluente
por quilômetro. Com a regulamentação, esse limite atualmente é de 0,5
gramas por quilômetro. A renovação da frota e a utilização de
biocombustíveis, como o etanol, também contribuíram para a redução.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o governo pode anunciar
nos próximos meses o aumento da proporção de biodiesel na mistura com o
diesel, saindo do atual B5 (5% de biodiesel) para o B10 (10%) ou até
B15 (15%).
O inventário aponta que o transporte individual de passageiros emite
40 vezes mais poluente que o transporte público. Outro alerta do
documento é o crescimento do número de motocicletas em circulação no
país: em 2008 eram cerca de 9 milhões e devem chegar a 20 milhões em
2020. As motos emitem três vezes mais monóxido de carbono que um carro
de passeio.
O inventário mediu as emissões de monóxido de carbono, óxidos de
nitrogênio, hidrocarbonetos não metano, aldeídos, material particulado
e emissões evaporativas, além de gases de efeito estufa, como o dióxido
de carbono e o metano.
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