Veja
Andréa Silva, de Belo Horizonte
Luiz Henrique, o Macarrão, o goleiro Bruno, e Marcos Paulista, fichados pela polícia de Minas
(Divulgação)
Após cinco horas de julgamento do recurso da defesa, os desembargadores
da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça Minas Gerais (TJMG)
mantiveram, por unanimidade, a decisão de levar a júri popular o
ex-goleiro do Flamengo
Bruno Fernandes de Souza e outros três acusados pelo sequestro e morte de
Eliza Samúdio.
O jogador, o braço direito dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o
Macarrão, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e o primo
do atleta, Sérgio Rosa Sales, serão julgados por sequestro, cárcere
privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A
ex-mulher de Bruno, Dayanne de Souza, a ex-amante Fernanda Gomes de
Castro, o administrador do sítio do jogador Elenilson Victor da Silva, e
Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, também vão a júri popular. Porém,
os quatro são acusados apenas pelo sequestro e cárcere privado de Eliza
e do filho dela, Bruninho, e desde dezembro estão em liberdade. Os
desembargadores negaram o pedido do Ministério Público de que eles
fossem julgados também por homicídio.
Marcelo Theobald / O Globo
Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do goleiro Bruno,
Na sessão de ontem (10), os desembargadores Doorgal Andrada, Hebert Carneiro e
Delmival de Almeida Campos votaram a favor da liberdade de Sérgio, por
entender que ele é réu primário, não tem poder aquisitivo para
influenciar os demais envolvidos e contribuiu com as investigações. A
revogação da prisão preventiva de Sérgio foi encaminhada à Penitenciária
Dutra Ladeira (Ribeirão das Neves) logo após a audiência, mas ele
deverá ser solto somente na tarde desta quinta-feira. Para que se
mantenham em liberdade, o acusado terá que comparecer sempre que
convocado em juizo, não poderá deixar a cidade onde reside (BH), e
obrigatoriamente deverá permanecer em casa todas as noites. “Estou
satisfeito com a decisão da Justiça. Meu cliente permaneceu 399 dias
presos e foi um dos únicos a contribuir com as investigações”, disse o
advogado Marco Antônio Siqueira.
A sessão - No julgamento da segunda-feira, iniciado
pouco antes das 14h, os três desembargadores analisaram os recursos
apresentados pelos advogados de defesa dos réus, que pediram a nulidade
da decisão da juíza Marixa Fabiane Rodrigues, do Tribunal de Júri de
Contagem. Os advogados afirmaram que a juiza agiu sobre um
pré-julgamento dos réus, esteve a favor do Ministério Público e
prejudicou a defesa dos acusados, não colhendo o depoimento dos
delegados responsáveis pelas investigações do desaparecimento de Eliza
Samúdio.
Em relação ao pedido, os magistrados recomendaram que os delegados
Edson Moreira, Ana Maria Santos, Alessandra Wilke e Júlio Wilke, sejam
ouvidos, não na condição de testemunhas, mas como autoridades que
tiveram a incumbência de investigar o caso. Eles também determinaram que
fosse tirada da sentença da juiza Marixa, a palavra “brutalmente”, em
referência ao assassinato de Eliza.
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