segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Grupo investiu mais de R$ 1 mi para fraude na Paraíba

Por Dinarte Assunção
FD/Nominuto
Campanha de José Maranhão teria recebido mais de R$ 1 mil
Para o grupo envolvido em fraude ao Detran e que foi denunciado pelo Ministério Público nesta semana, na Operação Sinal Fechado, o montante de R$ 1 bilhão que seria alcançado com inspeção veicular só no RN não era suficiente.

Os tentáculos da organização eram discretos. Após o RN, começaram a se estender pela Paraíba utilizando semelhante tática aplicada no Estado: a corrupção de agentes públicos. No caso da PB, há um aditivo: as fraudes são federais, porque os envolvidos no esquema burlaram o sistema eleitoral com doações irregulares.

Foram R$ 495 mil doados, em condições legais, ao candidato do PMDB e então governador do Estado, José Maranhão, na tentativa de assegurar que ao grupo seria entregue o serviço de inspeção veicular ambiental. Todas o esquema na PB, revelou o MP, foi igualmente monitorado pelo advogado e empresário George Olímpio.

Uma interceptação telefônica revela que George Olímpio foi o responsável por doar ilegalmente R$ 600 mil. O propósito do grupo a princípio era fazer com que a Planet Business, que cuida do registro de financiamento de veículos, fosse contratada em regime emergencial na PB, a exemplo do RN.

Ironicamente, o grupo que administrava o Estado perdeu com uma margem apertada para a oposição. Isso não desmotivou a organização, que só desistiu de vez quando a atual administração da PB sancionou lei na qual determina que inspeções só serão feitas em veículos com no mínimo dez anos de idade. No RN, eram para todos.

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