Atendimento infantil é prejudicado

Com data anunciada para fechar o Pronto Socorro Infantil no Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, o município de Parnamirim não tem condições estruturais de receber a demanda que ainda chega na unidade. Diferente do que afirmou a diretora do hospital, Elizabeth Carrasco, de que o atendimento acaba no domingo (1º), médicas de plantão asseguram que será encerrado hoje (29), às 19h. A partir de então, unidades do município ficarão responsáveis pelo atendimento básico do serviço público de saúde.

Foto Joana LimaAntiga sala do Pronto-Socorro Infantil do Hospital Deoclécio Marques já estava cedida ao atendimento de adultos ontem

Na manhã de ontem, o PSI já funcionava em um cômodo menor, com capacidade para dois leitos e um berço. Segundo Ana Silmara, pediatra de plantão, apenas uma criança estava em observação no momento que a reportagem esteve no local. Enquanto isso, a antiga sala, ainda de paredes coloridas e com adesivo “PSI” na porta, já abrigava pacientes adultos.

Entre os postos municipais que têm PSI está a Unidade de Pronto Antedimento (UPA) do bairro de Rosa dos Ventos, onde segundo a assistente social Kezia Araújo, a demanda diária média varia entre 60 e 70 atendimentos. Para isso, há apenas um pediatra que, junto com outros clínicos, atendem à demanda infantil. Neste mês de novembro, até o último dia 27, foram atendidas nessa unidade 1.162 crianças. No mês anterior esse número chegou a 1.426.

Ao todo, a unidade conta com 15 médicos, mas o número ideal, de acordo com estimativas da assistente social, seria em torno de 20 para, regularmente, ter dois médicos de plantão. “Antes tinha 21 médicos, mas seis saíram para fazer residência médica”, disse. Levantamentos indicam para mais de 2 mil antedimentos clínicos mensais na UPA. Para isso, 11 médicos se revezam em duplas para plantões de 24 horas.

Apesar de ter atendimento pediátrico, a Unidade Mista de Saúde Deputado Márcio Marinho, chamada de Hospital de Pirangi do Norte, o diretor , Gilmar Medeiros Trajano, afirma que devido à distância do centro, o local recebe mais moradores das praias e do município e de Nísia Floresta. No local não há problemas com escala e não houve aumento na demanda.

 

Da TN