Ter cursado os ensinos fundamental e
médio na cidade em que cresceu impulsionou a estudante Lara Valeska de
Medeiros Rocha, de 19 anos, para o primeiro lugar no curso de medicina
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em Caicó, no
Seridó potiguar. Isso porque os candidatos de regiões próximas ao campus
são beneficiados com o argumento de inclusão. O curso teve a maior nota
de corte entre os cursos de medicina do Brasil. “Não sabia que ficaria
em primeiro lugar. Fiquei surpresa. Minha nota foi de 790 para 948 com o
argumento”, afirma a estudante.
O Ministério da Educação divulgou na
manhã desta segunda-feira (26) a primeira chamada de aprovados na edição
do primeiro semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2015. Um
total de 2.791.334 candidatos se inscreveram para concorrer às 205.514
vagas de 5.631 cursos em universidades federais e institutos
tecnológicos.Natalense de nascença, Lara se mudou para Caicó com quatro
anos e pretende seguir a carreira de médica na região Seridó. “O plano é
me estabelecer aqui e trabalhar na comunidade. Há uma carência grande
de médicos e estrutura. Com o curso acredito que haverá mais
investimento na nossa região”, explica. A estudante chegou a cursar
direito na UFRN de Caicó, mas acabou largando o curso para tentar uma
vaga em medicina.
“Era um curso muito bom, mas não me identifiquei. Medicina foi o que
surgiu como opção. Tentei no primeiro ano e não consegui. Quanto mais
tentava, sabia que não podia perder essa chance”, diz Lara, para quem os
estudos não tinham horário no último ano. “Estudava pela manhã em casa
ou na biblioteca e fazia cursinho durante a tarde, noite e às vezes em
fins de semana”, conta.
Planejado desde 2012, o curso de
medicina veio com a proposta da UFRN de criar cursos mais competitivos
no interior. Para atender a meta, a universidade criou uma resolução em
2013 que estabelece um critério regional para incrementar as notas dos
alunos da região. Os estudantes que realizaram o último ano do ensino
fundamental e os três anos do ensino médio em microregiões próximas
a Caicó ganham o argumento de inclusão.
Fonte: G1/RN
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