terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Policiais do RN fazem curso de investigação de homicídio com o FBI

Portal JH

O trio de investigadores dos EUA influenciou a criação da série de TV “As primeiras 24 horas”, exibida no canal A&E


Curso-da-Acadepol-com-o-FBI--EUA---------JA----------(5)A rápida solução de homicídios é vista pelo sistema de segurança do Rio Grande do Norte como primordial para diminuir o número de crimes no Estado, já que, com os bandidos atrás das grades pouco tempo depois do assassinato, diminuiria a sensação de impunidade. Pensando nisso, a Secretaria de Segurança do RN (Sesed) aproveitou uma parceria entre Ministério da Justiça e o governo americano e trouxe para Natal três oficiais do FBI – Federal Bureau of Investigation (Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos), conhecidos por resolverem casos de homicídios em até 48 horas.
O sargento Ervens Ford e os detetives Carlos Castellanos e Freddy Ponce começaram nesta segunda-feira (26) a ministrar um curso de investigação de homicídios para 45 policiais civis e militares. A capacitação tem acontecido na Escola do Governo e segue até a próxima quinta-feira (29). “Eles estão aqui exatamente para passar a experiência deles nessas investigações para os nossos policiais. Eles trabalham em Miami e lá a Unidade de Homicídios tem um percentual de 80% de elucidação de crimes, maior até do que a média dos Estados Unidos (65%). Nesse curso os nossos policiais terão a oportunidade de conhecer as técnicas utilizadas por eles nessas investigações”, afirmou José Francisco Correia, diretor da Academia de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Acadepol).
A “fama” do trio é tão grande que eles influenciaram a criação da série “As Primeiras 48 Horas” (The First 48 Hours), que faz grande sucesso nos Estados Unidos. “Para a investigação de um homicídio as primeiras 48 horas são de extrema importância. A cada dia que passa a investigação fica mais complicada. Por isso, quanto mais informações pudermos conseguir nos primeiros dois dias, melhor para a investigação. A taxa de elucidação dos homicídios em Miami é um bom exemplo disso”, frisou o diretor da Acadepol, que ainda destacou que essa capacitação é ainda mais importante pelas condições do sistema segurança do Estado. “Aqui nós não temos as melhores condições de investigação. Quando temos a possibilidade de fazer um curso como esse, não podemos perder a oportunidade”.
Esta não é a primeira capacitação em Natal no qual agentes do FBI participam. No ano passado, antes da realização da Copa do Mundo, a Acadepol realizou o curso de “Entrevista e Interrogatório”, foi ministrado pelos instrutores Gregory Boosalis, Gerald O’Callaghan e Jimmy Hammock. Segundo José Francisco Correia, novos cursos devem acontecer na capital potiguar nos próximos meses. “Esse curso de homicídios, por exemplo, já tinha ocorrido em outros Estados e nós conseguimos trazer para Natal. É uma parceria com os Estados Unidos e a tendência é que ela não pare mais”.

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