Governador promete viabilizar pagamento a efetivo extra de 300 PMs e promete que ações continuarão
Ciro Marques
Repórter de Política
“Quem estabelece as políticas públicas é o governador e vou
estabelecer isso de acordo com o que encontrei nas ruas e o maior
clamor, não só em Natal, mas em todo o RN, é a questão da segurança.
Então, farei disso prioridade para não faltar dinheiro e se pagar as
diárias operacionais dos policiais, não faltar dinheiro para se pagar os
carros alugados, não faltar dinheiro para os combustíveis. Não pode
faltar dinheiro para segurança, porque segurança significa vida”,
afirmou Robinson Faria, em entrevista ao Bom Dia RN, da InterTV, na
manhã de hoje.
Com um efetivo considerado “baixo” (deveria ter 13 mil PMs, mas só
tem 9 mil) a Polícia Militar do RN precisou, nos últimos quatro anos
pelo menos, recorrer a diárias operacionais para garantir efetivo extra
durante ocasiões como carnaval, Carnatal, veraneio e festas de final de
ano, além dos dias de jogos entre ABC e América. O problema é que, com o
RN em crise financeira, muitos policiais tiveram que esperar meses para
receber suas diárias pelo serviço prestado, o que acabou fazendo com
que muitos não quisessem trabalhar em dias que seriam “de folga”.
Segundo Robinson, esse atraso não acontecerá no Governo dele. As
diárias serão pagas enquanto for necessário para que esses 300 policiais
a mais continuem nas ruas, fazendo um patrulhamento reforçado em áreas
comerciais como Alecrim e Cidade Alta. “Já mudou totalmente a sensação e
os resultados de segurança. Ou seja: polícia na rua e fazendo segurança
de forma preventiva. Já recebi muitos telefonemas de comerciantes já
aplaudindo isso”, afirmou Robinson Faria, se referindo as ações
emergenciais que ele começou a implantar na segurança pública a partir
de 2 de janeiro.
“O nosso governo já mostrou, em um dia, uma nova percepção de
política pública em segurança com 300 policiais a mais nas ruas e vai
ser assim até o fim. Nós vamos dar prioridade. Vamos cortar gastos, para
investir na segurança”, acrescentou o governador, ressaltando que, além
dos cortes, vai também buscar a viabilização de recursos para a
segurança pública em Brasília, junto ao Ministério da Justiça e o
ministro José Eduardo Cardozo, com quem já se reuniu antes mesmo de
assumir. “Existem recursos em Brasília em todas as áreas. Na saúde, na
educação e, principalmente, na segurança”, afirmou Robinson.
FUTURO
É importante ressaltar, como o próprio governador lembrou, que essas
são medidas emergenciais. Afinal, Robinson pretende ao longo do seu
mandato aumentar o efetivo da Polícia Militar e da Polícia Civil,
convocando, por exemplo, os 800 PMs aprovados no último concurso
público. “Vamos fazer a convocação dos 800 policiais do último concurso.
Eu disse na campanha que sou a favor da convocação deles. Até assinei
um documento dizendo isso. Estamos esperando só uma última demanda
judicial sobre o caso e quando ela for concluída, eles serão
convocados”, afirmou Robinson em entrevista no dia 2 de janeiro, um dia
após tomar posse.
Na entrevista na manhã de hoje, Robinson Faria falou sobre outra ação
futura ligada à segurança pública: as Centrais de Polícia. “No nosso
programa de governo nós vamos ter uma coisa muito mais avançada que as
atuais delegacias, que são as Centrais de polícia, que compreenderão a
Polícia Militar, a Polícia Civil e a Científica. As três em uma. Dessa
forma se dá velocidade para elucidar os crimes, e começa a ter muito
mais eficiência no atendimento à população. Humaniza o atendimento.
Vamos abrir essas centrais nas cidades pólo e, depois, expandir para
todo o Estado”, explicou o governador.
SAÚDE
Além da segurança pública, Robinson Faria também disse o que pretende
fazer com relação à saúde, outro grande problema local. “Vamos
redefinir o perfil dos 25 hospitais regionais no Estado: média, alta ou
baixa complexidade para que a unidade funcione dentro da realidade da
região”, comentou. No setor da saúde, Robinson destacou ainda a
construção dos centros de diagnósticos para solucionar a questão do
atraso e do acesso a exames preventivos para a população e do esperado
novo hospital de trauma, que seria erguido por meio de uma parceria
público-privada.
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