Notícia do fuzilamento de Ricardo Gularte foi recebida pelas autoridades brasileiras com “profunda consternação”
Por Danilo Macedo e Paulo Victor Chagas/Agência Brasil
O governo brasileiro informou nesta
terça-feira (28) que a execução do brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte
esta tarde na Indonésia é um fato grave na relação entre os dois países.
A notícia do fuzilamento de Gularte foi recebida pelas autoridades
brasileiras com “profunda consternação”. O governo manifestou pesar e
prestou solidariedade à família do brasileiro.
Para o governo, o fato aumenta a disposição do Brasil em defender a abolição da pena de morte nos organismos internacionais.
O corpo de Rodrigo Gularte, 42 anos,
será enterrado no Brasil. Ele foi preso em 2004, em Jacarta, capital da
Indonésia, por transportar 6 quilos de cocaína em pranchas de surfe e
condenado à pena de morte em 2005.
Segundo nota lida há pouco no Palácio
Itamaraty pelo embaixador Sérgio Danese, secretário-geral das Relações
Exteriores, a presidenta Dilma Rousseff enviou carta ao presidente
indonésio, clamando para que a pena capital fosse comutada, por causa do
quadro psiquiátrico do brasileiro.
Dilma tomou conhecimento da morte do
brasileiro no avião presidencial, quando se deslocava para Brasília,
após participar de um evento em Goiana, interior de Pernambuco.
De acordo com a nota enviado ao governo
da Indonésia, o estado de saúde de Rodrigo Gularte foi “agravado pelo
sofrimento que sua situação lhe provocava nos últimos anos.
Lamentavelmente, as autoridades indonésias não foram sensíveis a esse
apelo de caráter essencialmente humanitário”.
“A execução de um segundo cidadão
brasileiro na Indonésia, após o fuzilamento de Marco Archer Cardoso
Moreira, em 18 de janeiro deste ano, constitui fato grave no âmbito das
relações entre os dois países e fortalece a disposição brasileira de
levar adiante, nos organismos internacionais de direitos humanos, os
esforços pela abolição da pena capital”, conclui a nota.
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